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Greenwald: ‘todos os países da América Latina foram espionados’

Afirmação foi feita durante Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa. O jornalista ainda confirmou que fará mais revelações sobre a espionagem americana no futuro

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O jornalista Glenn Greenwald, que denunciou a espionagem eletrônica dos Estados Unidos, disse nesta segunda-feira 21 à Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) que “todos os países da América Latina foram alvo de espionagem”. O jornalista afirmou ainda que fará mais revelações sobre a espionagem americana.

“Todos os países da América Latina foram objeto de espionagem por parte do governo dos Estados Unidos”, disse Greenwald do Brasil aos membros da 69ª Assembleia Geral da SIP, que se realiza em Denver, Colorado.

Ele esclareceu que as informações divulgadas nesta segunda-feira, na França, pelo Le Monde, “estavam sendo negociadas há tempo com este jornal”. “Como e quando publicam é uma decisão do jornal”, disse Greenwald ao ser consultado sobre a coincidência das revelações de espionagem dos EUA na França com a visita do secretário americano de Estado, John Kerry, a Paris.

Greenwald, jornalista americano que mora no Brasil, abandonou na semana passada o jornal britânico The Guardian, que publicou as primeiras revelações do ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden sobre um amplo programa de monitoramento de e-mails e telefones celulares.

Segundo o Le Monde, a NS realizou 70,3 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses em um período de 30 dias entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013.

O presidente francês, François Hollande, manifestou sua “profunda reprovação” envolvendo a espionagem sobre dezenas de milhões de telefonemas de cidadãos franceses, uma “prática inaceitável” entre aliados e amigos.

Sobre a América Latina, Greenwald revelou que “várias conferências latino-americanas”, incluindo da Organização dos Estados Americanos (OEA) e “conversações sobre tratados de livre comércio” da região foram espionadas.

Greenwald destacou que os documentos da NSA vazados por Snowden “estão guardados em diferentes partes do mundo” e afirmou que “revelar esta informação é do interesse público”.

Ele disse que “seguirá lutando pela liberdade de imprensa” e destacou que se sente “muito seguro no Brasil, onde tenho recebido o apoio que preciso”.

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