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Governo Trump inclui grupos europeus antifascistas em lista de organizações terroristas

A inclusão na lista de Washington faz com que os membros dos grupos não possam ingressar nos Estados Unidos

Governo Trump inclui grupos europeus antifascistas em lista de organizações terroristas
Governo Trump inclui grupos europeus antifascistas em lista de organizações terroristas
Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP
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Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira 13, que designarão como “organizações terroristas” movimentos antifascistas e anarquistas de Alemanha, Itália e Grécia, no âmbito da ofensiva liderada pelo presidente Donald Trump contra o movimento Antifa.

O republicano assinou em setembro um decreto que classifica oficialmente como uma organização terrorista o movimento Antifa, um dia após a cerimônia em homenagem ao ativista conservador Charlie Kirk, que foi assassinado.

A medida desta quinta-feira inclui o “Antifa Ost”, com sede na Alemanha, e outros três grupos na Itália e na Grécia, que serão considerados “organizações terroristas estrangeiras a partir de 20 de novembro”, segundo um comunicado do secretário de Estado americano, Marco Rubio.

“O Antifa Ost realizou numerosos ataques na Alemanha contra pessoas percebidas como ‘fascistas’ […] entre 2018 e 2023 e é acusada de ter realizado ataques na Hungria em 2023”, especificou o texto.

O governo húngaro classificou o movimento Antifa como organização terrorista em setembro, seguindo o exemplo de Trump.

Quanto à Itália e à Grécia, Washington incluiu na lista a aliança anarquista italiana FAI/FRI e dois grupos anarquistas gregos.

Antifa é um termo abreviado para “antifascista”, utilizado para descrever grupos difusos de extrema esquerda, mas especialistas apontam que se trata mais de uma ideologia do que de um grupo organizado.

Além disso, é um termo frequentemente mencionado pela direita e pela extrema direita em relação a atos de violência durante manifestações.

A inclusão na lista de Washington faz com que os membros dos grupos não possam ingressar nos Estados Unidos, tenham qualquer ativo no país congelado e torna crime fornecer-lhes apoio material.

O movimento ganhou notoriedade nos Estados Unidos a partir do primeiro mandato de Trump (2017-2021). Recentemente, a cidade de Portland, palco de recentes manifestações contra a política migratória do presidente, tornou-se o epicentro da ofensiva do governo republicano contra o movimento Antifa.

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