Mundo

Governo Trump elimina 83% dos programas de ajuda internacional da USAID

A agência de cooperação internacional é um dos focos do projeto trumpista neste início de segundo mandato

Governo Trump elimina 83% dos programas de ajuda internacional da USAID
Governo Trump elimina 83% dos programas de ajuda internacional da USAID
O presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP
Apoie Siga-nos no

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou nesta segunda-feira 10 que o governo de Donald Trump cancelou 83% dos programas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que representa uma parte importante da ajuda humanitária mundial.

O presidente Trump assinou em janeiro uma ordem executiva que congelou toda a ajuda externa para avaliar sua conformidade com a política de seu governo, em particular em temas como aborto, planejamento familiar ou defesa da diversidade e inclusão.

“Após uma revisão de seis semanas, estamos cancelando oficialmente 83% dos programas da USAID”, informou Rubio na rede social X.

“Os 5.200 contratos que agora estão cancelados implicaram gastos de bilhões de dólares de maneiras que não favoreceram (e em alguns casos até prejudicaram) os interesses nacionais fundamentais dos Estados Unidos”, acrescentou.

Criada em 1961, a agência USAID distribui ajuda humanitária por meio de programas de saúde e emergência em 120 países. Seu orçamento anual, até agora de 42,8 bilhões de dólares (247 bilhões de reais), representa 42% da ajuda humanitária distribuída em todo o mundo.

O Departamento de Estado, que supervisiona esta agência, havia anunciado em 26 de fevereiro a intenção de cortar 92% de seu financiamento, após identificar 5.800 alocações para eliminar.

Nesta segunda-feira, Rubio agradeceu especialmente ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo bilionário Elon Musk, que promove um corte de gastos e de postos de trabalho em todos os departamentos do governo.

Trump e seus aliados argumentam que a assistência externa é um desperdício e não serve aos interesses dos Estados Unidos.

Mas as organizações dedicadas a prestar assistência defendem que grande parte da ajuda contribui para os interesses do país ao promover estabilidade e saúde no exterior, e que os cortes ameaçam a vida das pessoas mais vulneráveis.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo