Educação

Governo dos EUA encerrará todos seus contratos com Harvard

A universidade argumenta que as decisões de Trump são inconstitucionais e paralisariam sua capacidade de funcionamento

Governo dos EUA encerrará todos seus contratos com Harvard
Governo dos EUA encerrará todos seus contratos com Harvard
Harvard segue na mira de Donald Trump. Na mais recente ação, o republicano decidiu cancelar os contratos governamentais com a universidade. Foto: Joseph Prezioso / AFP
Apoie Siga-nos no

O governo dos Estados Unidos prevê cancelar todos os contratos restantes com Harvard, afirmou nesta terça-feira 27 um alto funcionário, em uma última tentativa de obrigar a universidade a se submeter a uma supervisão sem precedentes.

A administração “enviará hoje uma carta às agências federais pedindo-lhes que identifiquem qualquer contrato com Harvard, e se podem ser cancelados ou redirecionados a outro lugar”, disse a fonte que pediu anonimato.

O fim dos contratos, que segundo a imprensa americana chegariam a 100 milhões de dólares (566 milhões de reais), marcaria uma ruptura dos laços comerciais entre o governo e uma instituição que, por sua vez, é a mais antiga do país e uma potência mundial da pesquisa.

A administração de Trump acusa a universidade de Cambridge de permitir o antissemitismo e de promover os valores liberais.

Harvard não permitiu que o governo controlasse a inscrição de estudantes e a contratação de professores.

Nas últimas semanas, o reduto educacional de elite viu bilhões de dólares em subsídios serem congelados. O governo também tentou pôr fim à sua capacidade de receber estudantes estrangeiros, mas uma sentença judicial o impediu.

A universidade argumenta que as decisões de Trump são inconstitucionais e paralisariam sua capacidade de funcionamento.

Na segunda-feira, Trump prometeu seguir com sua luta. Em uma mensagem nas redes sociais, afirmou que entre os estudantes estrangeiros de Harvard havia “lunáticos radicalizados, desordeiros”.

Na semana passada, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, revogou a capacidade de Harvard de matricular estrangeiros, deixando em suspense o futuro de milhares de estudantes e o lucrativo fluxo de receitas que proporcionam.

No mês passado, havia ameaçado bloquear a matrícula de estudantes internacionais na universidade a menos que ela entregasse os registros sobre as “atividades ilegais e violentas” dos titulares de vistos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo