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Governo britânico condena declarações de dupla de rap contra Israel em Glastonbury

Bob Vylan pediu ‘morte’ ao Exército israelense em apresentação no festival

Governo britânico condena declarações de dupla de rap contra Israel em Glastonbury
Governo britânico condena declarações de dupla de rap contra Israel em Glastonbury
Bob Vylan em show no festival de Glastonbury, na Inglaterra, em 28 de junho de 2025. Foto: Oli Scarff/AFP
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O primeiro-ministro britânico afirmou, neste domingo 29, que “não há desculpas” para a atitude da dupla de rap Bob Vylan, que incitou a multidão a fazer coro pedindo morte ao Exército israelense, durante o festival de Glastonbury.

“Não há desculpas para esse tipo de discurso de ódio tão terrível”, disse o primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer ao jornal The Telegraph.

“Já disse que Kneecap não deveria ter uma plataforma, e isso se aplica a qualquer outro artista que faça ameaças ou incite à violência”, afirmou Starmer em relação a outro grupo de rap que o governo pediu para ser retirado do festival depois que um de seus membros foi acusado de apoiar o movimento libanês Hezbollah.

“A BBC precisa explicar como essas cenas foram transmitidas”, acrescentou, referindo-se à emissora britânica que transmite o evento.

Antes da apresentação de Kneecap, um dos membros da dupla de rap punk Bob Vylan instou no sábado a multidão a cantar o lema “Morte, morte ao IDF”, em referência à sigla em inglês para designar as Forças Armadas de Israel.

A polícia informou na rede social X que examina os vídeos para “determinar se algum crime foi cometido”.

Após as críticas, os organizadores do festival declararam que estão “consternados”.

“Lembramos urgentemente a todas as pessoas envolvidas na produção do festival que em Glastonbury não há lugar para o antissemitismo, discursos de ódio ou incitação à violência”, disseram os organizadores de um dos festivais mais populares do Reino Unido.

A embaixada de Israel denunciou no X “a retórica do ódio” durante o festival e afirmou que há uma “normalização de um discurso extremista e uma glorificação da violência”.

Joe McCabe, um participante do festival de 31 anos, disse à AFP que, embora não concorde com a declaração de Vylan, acredita que “a mensagem de questionar o que está acontecendo” em Gaza é “justa”.

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