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‘Gota no oceano’, diz ONU sobre ajuda humanitária autorizada por Israel a entrar em Gaza

Desde 2 de março, nenhuma ajuda humanitária entrou no território palestino devido ao bloqueio israelense

‘Gota no oceano’, diz ONU sobre ajuda humanitária autorizada por Israel a entrar em Gaza
‘Gota no oceano’, diz ONU sobre ajuda humanitária autorizada por Israel a entrar em Gaza
Palestinos voltam a ser atacados em Gaza. Foto: Bashar TALEB / AFP
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Nove caminhões com ajuda humanitária da ONU foram autorizados a entrar na Faixa de Gaza nesta segunda-feira 19, anunciou o chefe humanitário da ONU, o que classificou como uma “gota no oceano” após 11 semanas de bloqueio israelense.

A permissão de Israel para retomar as entregas de ajuda ao território palestino “é um avanço bem-vindo que deve ser mantido”, embora essa quantidade “seja uma gota no oceano, e muito mais ajuda deve ser permitida em Gaza a partir de amanhã de manhã”, disse Tom Fletcher em um comunicado.

“Hoje, nove dos nossos caminhões foram autorizados a entrar pela fronteira de Kerem Shalom”, disse ele.

Desde 2 de março, nenhuma ajuda humanitária entrou no território palestino devido ao bloqueio.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou no domingo que autorizaria a entrada de uma “quantidade básica de alimentos para a população, para evitar o desenvolvimento de uma fome na Faixa de Gaza”.

Na semana passada, a ONU explicou que tinha caminhões carregados com 171 mil toneladas de alimentos esperando para serem autorizados a entrar na Faixa de Gaza, que está sob bombardeio aéreo e terrestre do Exército israelense.

“Recebemos garantias de que nosso trabalho será facilitado por mecanismos existentes que já provaram seu valor”, enfatizou Fletcher.

Ele também pediu que Israel abra “pelo menos duas passagens de fronteira para Gaza”, para “simplificar e agilizar os procedimentos e que elimine todas as cotas”, além de cobrir todas as necessidades em termos de “comida, água, higiene, abrigo, saúde, combustível…”.

As autoridades israelenses já haviam anunciado nesta segunda-feira que permitiram a passagem de caminhões com comida para bebês, sem especificar quantos.

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