A saída é arriscada: em meio a uma dramática crise de financiamento do Estado, a Argentina muda, de forma ruidosa, não apenas a sua orientação econômica, mas também toda a lógica do governo peronista de Alberto Fernández, eleito em fins de 2019. Diante da corrosiva disputa entre o presidente e sua vice, Cristina Fernández de Kirchner, um novo ator entra em cena. Trata-se do experiente presidente da Câmara dos Deputados, Sergio Massa, alçado à condição de superministro da Economia. Sob seu comando estarão as pastas de Desenvolvimento Produtivo, Agricultura, Pecuária e Pesca, e Relações com os Órgãos Internacionais, Bilaterais e Multilaterais de Crédito.
Massa, ex-cartola de futebol, ex-prefeito do município de Tigre, nos arredores de Buenos Aires, e ex-secretário de Cristina Kirchner, transitou do centro-direita para o centro-esquerda e de aliado a desafeto da ex-presidente. Agora ele se torna uma espécie de primeiro-ministro e enfeixa na prática mais poderes que o chefe do Executivo. Se focarmos apenas na Economia, trata-se do terceiro titular da pasta em menos de um mês. Recordemos.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login