Mundo
G20 não menciona a Rússia ao condenar o uso da força para ganhar território na Ucrânia
Os líderes do bloco também evitaram cobrar o fim dos combustíveis fósseis, apesar de o comunicado trazer alertas sobre a crise climática
Os líderes do G20 reunidos na Cúpula em Nova Délhi condenaram neste sábado 9 o uso da força na Ucrânia para ganhos territoriais, sem menção à Rússia.
Segundo o documento, “todos os Estados” devem “se abster da ameaça ou uso da força para procurar a aquisição de territórios contrários à integridade territorial e à soberania ou à independência política de qualquer Estado”.
A declaração do G20 em Bali, no ano passado, citava uma resolução da ONU a condenar “a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia”.
A Índia, anfitriã da Cúpula de 2023, andou na corda bamba durante a guerra. O país tem buscado um equilíbrio entre a sua tradicional aliança com Moscou, fornecedor da maior parte de suas importações de armas, e a sua adesão ao Quad, uma aliança de segurança com Austrália, Japão e Estados Unidos.
Meio ambiente
Os líderes do G20 evitaram cobrar o fim dos combustíveis fósseis, apesar de o comunicado divulgado trazer alertas sobre a crise climática.
O bloco reconheceu a importância de “acelerar os esforços para eliminar o carvão como fonte de energia”, depois de um relatório da ONU indicar que o abandono dos combustíveis fósseis é “indispensável” para zerar as emissões líquidas.
A declaração final da cúpula chega apenas a acordos mínimos sobre o clima e outras questões, um reflexo das divisões no bloco.
O grupo apelou a um “aumento rápido e substancial” do investimento e do financiamento climático e pediu mais recursos para ajudar os países em desenvolvimento a fazer uma transição verde.
A declaração também insta os países ricos a cumprir os compromissos de ajudar as nações vulneráveis contra a mudança climática. Ainda cobrou as instituições financeiras multilaterais a estabelecer metas de financiamento mais ambiciosas.
O G20 “prosseguirá e incentivará esforços para triplicar a capacidade de energia renovável”, diz a declaração conjunta. “Nos comprometemos a acelerar urgentemente as nossas ações para enfrentar a crise e os desafios ambientais, incluindo a mudança climática.”
(Com informações da AFP)
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