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Franco revela amargura do Paraguai com Brasil

Segundo presidente, que entrega o poder no dia 15 de agosto, “o golpista foi o Mercosul” ao usar a crise paraguaia para permitir a entrada da Venezuela no bloco

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Franco passa o poder para Horacio Cartes na semana que vem
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O presidente do Paraguai, Federico Franco, que entregará o poder em 15 de agosto a Horacio Cartes, afirmou nesta terça-feira 6 que seu país foi menosprezado e ofendido por Brasil, Argentina e Uruguai – seus sócios do Mercosul.

“É um rosário de dor e amargura vivido pelo Paraguai com seus vizinhos. Todas as ofensas foram dolorosas”, disse Franco em declarações à rádio 780 AM. “As vezes, os funcionários, do nível de secretário de Estado para baixo, deixavam passar coisas, eram situações lamentáveis (nas reuniões internacionais)”.

O Mercosul suspendeu o Paraguai após o impeachment “relâmpago” que destituiu o presidente Fernando Lugo e levou Franco ao poder, em 2012, afirmando que a decisão foi um golpe.

Mas segundo Franco, “o golpista foi o Mercosul” ao usar a crise no Paraguai para permitir a entrada da Venezuela no bloco. “Este foi o verdadeiro golpe. Um golpe contra o Paraguai praticado pelos presidentes do Mercosul”.

Franco estimou que sua decisão de assumir o governo, na condição de vice-presidente de Lugo, em 22 de junho do ano passado, “colocou um freio no bolivarianismo” no país.

No dia 15 de agosto “parto em paz, convencido de que fui útil à pátria”.

A posse de Cartes terá a presença da presidenta Dilma Rousseff, do presidente do Chile, Sebastián Piñera, e do mandatário do Peru, Ollanta Humala, entre outros líderes.

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