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França planeja transferir pacientes com Covid à Alemanha para aliviar UTIs

Em 10 dias, unidades de terapia intensiva (UTI) na França podem chegar a um ponto de saturação

Enfermeiros em hospital na França (Foto: JEAN-FRANCOIS MONIER / AFP) Enfermeiros em hospital na França (Foto: JEAN-FRANCOIS MONIER / AFP)
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A França planeja transferir nos próximos dias os pacientes com Covid-19 para a Alemanha, já que alguns hospitais já não estão dando conta do aumento de casos, informou nesta terça-feira 3 a federação de hospitais franceses.

 

As autoridades planejam também transferir os pacientes da região norte de Hauts-de-France, muito afetada, para outras regiões da França, disse Frederic Valletoux, presidente da federação de hospitais FHF.

A segunda onda da epidemia continua crescendo e “a pressão é extremamente forte em alguns territórios”, disse Valletoux em uma vídeoconferência de imprensa.

Essas evacuações podem ocorrer nos próximos 10 dias, quando se prevê que as unidades de terapia intensiva (UTI) na França cheguem a um ponto de saturação, disse.

Alguns pacientes já foram transferidos para outros hospitais na França, especialmente em Bretanha, onde os casos de Covid-19 são relativamente raros, acrescentou.

Durante o pico de contágios da primeira onda, a França teve que enviar dezenas de pacientes à Alemanha, assim como para Áustria, Luxemburgo e Suíça.

Segundo os dados da Saúde Pública França divulgados na segunda-feira, 418 pessoas morreram nas últimas 24 horas devido ao coronavírus, o que leva o total para mais de 37.400 desde o início da epidemia.

Em meio a uma campanha em massa de testes para detectar o vírus, o número de novos casos aumentou 52.518 em 24 horas e a taxa de positividade dos testes chegou a 20,6% contra 20,4% no dia anterior.

A segunda onda da epidemia de Covid-19 na Europa não será a última, já que haverá novos episódios “sucessivos no final do inverno” e na primavera, segundo o conselho científico que assessora o governo.

A França decretou um novo confinamento, em vigor desde sexta-feira e até ao menos 1o de dezembro, diante do agravamento da situação de saúde.

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