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Finlândia toma decisão ‘histórica’ de fornecer armas à Ucrânia

Além da Finlândia, que pela primeira vez dá passos em direção a não-neutralidade em um conflito, a Itália anunciou que fornecerá equipamento militar à Ucrânia

Foto: Sergey BOBOK / AFP
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Neutra, mas membro da União Europeia (UE), a Finlândia anunciou, nesta segunda-feira (28), sua decisão “histórica” de fornecer armas para a Ucrânia, após a invasão por parte da Rússia.

“A Finlândia fornecerá assistência militar à Ucrânia. É uma decisão histórica para a Finlândia”, disse sua primeira-ministra, Sanna Marin, em entrevista coletiva.

Serão enviados 2.500 fuzis de assalto, 150.000 munições, 1.500 lançadores de granadas e 70.000 rações de campanha, detalhou o ministro da Defesa, Antti Kaikkonen.

“A mudança da linha (de defesa e política externa) da Alemanha foi particularmente significativa”, disse Kaikkonen.

A Alemanha rompeu com sua doutrina, anunciando o fornecimento para a Ucrânia de 1.000 lançadores de foguetes antitanque, 500 mísseis terra-ar Stinger, nove lançadores de obuses, 14 veículos blindados e 10.000 toneladas de combustível.

Tradicionalmente, a Finlândia, que tem uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros com a Rússia, não exporta armas para zonas de conflito.

Em um primeiro momento, este país nórdico anunciou o envio de coletes à prova de balas, capacetes e de um hospital de campanha para a Ucrânia para apoiar o país contra a invasão russa.

Itália fornecerá equipamento militar à Ucrânia

A Itália fornecerá material e equipamentos militares à Ucrânia para enfrentar a invasão russa, anunciou nesta segunda-feira (28) o chefe do governo, Mario Draghi, ao término do conselho de ministros.

O governo italiano decidiu “transferir meios, materiais e equipamentos militares para as autoridades governamentais ucranianas” em um decreto com medidas de emergência, informou em um comunicado, sem dar detalhes sobre a natureza e o valor do material que enviará.

A decisão da Itália foi aprovada depois que os Estados Unidos, a União Europeia e vários países europeus, incluindo Alemanha e França, anunciaram medidas semelhantes.

A Itália aprovou na sexta-feira uma ajuda de 110 milhões de euros (123 milhões de dólares) para o governo ucraniano.

Se trata de “um gesto concreto de solidariedade e apoio”, explicou o ministro italiano de Relações Exteriores, Luigi Di Maio.

“A Ucrânia está sitiada sem ter cometido nenhuma falha, continuamente bombardeada por ordem do governo russo”, lamentou o chanceler italiano.

“A União Europeia e todos os aliados devem formar uma frente comum e continuar a mostrar coesão”, acrescentou.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro italiano garantiu que a Itália estava pronta para enviar 3.400 soldados aos países da Otan após a invasão russa da Ucrânia.

A Itália está preparada para mobilizar inicialmente “1.400 homens e mulheres do exército, marinha e força aérea”, e depois mais 2.000 soldados, disse Draghi em discurso na Câmara dos Deputados.

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