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Farc pedirão cessar-fogo no início das negociações de paz

Tentativa de acordo com a guerrilha será mediado por Noruega e Cuba, tendo Chile e Venezuela como observadores

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HAVANA (AFP) – A guerrilha colombiana Forças Revolucionárias Armadas (Farc) pedirá um cessar-fogo bilateral no início das negociações de paz com o governo de seu país. O anúncio ocorreu nesta quinta-feira 5, em Havana, pelo comandante Mauricio Jaramillo, chefe da delegação insurgente.

“O cessar-fogo será pedido no momento em que sentarmos à mesa”, disse Jaramillo durante uma coletiva de imprensa, na qual assegurou que o sequestro não faz mais parte das Farc. O pedido surge depois de o governo ter anunciado que não pensa em interromper as operações militares durante o processo.

Jaramillo anunciou que a delegação rebelde nas negociações será integrada por Iván Márquez, membro do secretariado do grupo, e por José Santriz, do estado-maior da organização, mas insinuou que outros integrantes serão designados depois. Ele também não disse se participará do processo.

As negociações começarão em Oslo, mas continuarão depois em Havana.

As Farc solicitarão também que Simón Trinidad, cujo verdadeiro nome é Juvenal Ovidio Ricardo Palmera Pineda, preso nos Estados Unidos, faça parte dessa representação (pessoalmente ou por videoconferência). O militante de 62 anos foi preso em novembro de 2004 no Equador e entregue a Bogotá, que o extraditou aos EUA.

Ao responder uma pergunta sobre uma possível zona desmilitarizada na Colômbia, como a que foi estabelecida nas negociações de paz, o dirigente Ernest Aguilar disse: “Esse assunto não foi discutido no encontro exploratório” entre ambas as partes, realizado de maneira reservada em Havana.

O governo colombiano de Juan Manuel Santos disse que manterá as operações militares durante as negociações com a guerrilha, cujo líder máximo, Timoleón Jiménez, “Timochenko”, disse em um vídeo divulgado na terça-feira em Havana que as Farc chegam “à mesa de negociações sem rancores nem arrogância”.

Os líderes das Farc se negaram a revelar o que farão se durante as negociações algum de seus líderes for morto pelas forças regulares colombianas ou se sofrerem algum tipo de golpe militar. “É muito complicado entrar em especulações. Estamos em uma guerra e temos consciência da necessidade de acabar com o conflito”, disse Aguilar.

Os dirigentes das Farc também se pronunciaram contra a extradição de colombianos para os EUA na entrevista coletiva, que teve a participação dos embaixadores de Noruega, Venezuela e Chile.

Noruega e Cuba participarão como mediadores das conversações, enquanto Chile e Venezuela as acompanharão.

Diante dos jornalistas foi apresentado um vídeo com uma mensagem de Timochenko, que repassou os pontos da agenda e insistiu que o governo de Bogotá deve proteger os “direitos e garantias para o exercício da oposição política em geral, e, em particular, para os novos movimentos que surgirem depois da assinatura do acordo final”.

O dirigente Ricardo Téllez disse na coletiva de imprensa que seus combatentes mantêm “incólumes” os princípios que os motivaram a pegar em armas. As Farc foram criadas em 1964 e são a guerrilha mais antiga da América Latina. “A Colômbia e o mundo mudaram; os princípios das Farc se mantêm incólumes”, disse Téllez.

No passado, as Farc e governos colombianos realizaram três negociações frustradas, a última há uma década com o governo de Andrés Pastrana.

Leia mais em AFP Movel.

HAVANA (AFP) – A guerrilha colombiana Forças Revolucionárias Armadas (Farc) pedirá um cessar-fogo bilateral no início das negociações de paz com o governo de seu país. O anúncio ocorreu nesta quinta-feira 5, em Havana, pelo comandante Mauricio Jaramillo, chefe da delegação insurgente.

“O cessar-fogo será pedido no momento em que sentarmos à mesa”, disse Jaramillo durante uma coletiva de imprensa, na qual assegurou que o sequestro não faz mais parte das Farc. O pedido surge depois de o governo ter anunciado que não pensa em interromper as operações militares durante o processo.

Jaramillo anunciou que a delegação rebelde nas negociações será integrada por Iván Márquez, membro do secretariado do grupo, e por José Santriz, do estado-maior da organização, mas insinuou que outros integrantes serão designados depois. Ele também não disse se participará do processo.

As negociações começarão em Oslo, mas continuarão depois em Havana.

As Farc solicitarão também que Simón Trinidad, cujo verdadeiro nome é Juvenal Ovidio Ricardo Palmera Pineda, preso nos Estados Unidos, faça parte dessa representação (pessoalmente ou por videoconferência). O militante de 62 anos foi preso em novembro de 2004 no Equador e entregue a Bogotá, que o extraditou aos EUA.

Ao responder uma pergunta sobre uma possível zona desmilitarizada na Colômbia, como a que foi estabelecida nas negociações de paz, o dirigente Ernest Aguilar disse: “Esse assunto não foi discutido no encontro exploratório” entre ambas as partes, realizado de maneira reservada em Havana.

O governo colombiano de Juan Manuel Santos disse que manterá as operações militares durante as negociações com a guerrilha, cujo líder máximo, Timoleón Jiménez, “Timochenko”, disse em um vídeo divulgado na terça-feira em Havana que as Farc chegam “à mesa de negociações sem rancores nem arrogância”.

Os líderes das Farc se negaram a revelar o que farão se durante as negociações algum de seus líderes for morto pelas forças regulares colombianas ou se sofrerem algum tipo de golpe militar. “É muito complicado entrar em especulações. Estamos em uma guerra e temos consciência da necessidade de acabar com o conflito”, disse Aguilar.

Os dirigentes das Farc também se pronunciaram contra a extradição de colombianos para os EUA na entrevista coletiva, que teve a participação dos embaixadores de Noruega, Venezuela e Chile.

Noruega e Cuba participarão como mediadores das conversações, enquanto Chile e Venezuela as acompanharão.

Diante dos jornalistas foi apresentado um vídeo com uma mensagem de Timochenko, que repassou os pontos da agenda e insistiu que o governo de Bogotá deve proteger os “direitos e garantias para o exercício da oposição política em geral, e, em particular, para os novos movimentos que surgirem depois da assinatura do acordo final”.

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