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Famílias britânicas recebem restos mortais equivocados de vítimas do acidente da Air India

O avião, com destino a Londres, caiu pouco depois de decolar de Ahmedabad; 241 pessoas morreram

Famílias britânicas recebem restos mortais equivocados de vítimas do acidente da Air India
Famílias britânicas recebem restos mortais equivocados de vítimas do acidente da Air India
Destroços do Boeing que caiu na Índia. Foto: Sam PANTHAKY / AFP
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Os familiares de uma vítima britânica morta no acidente da Air India no mês passado receberam um caixão que continha restos misturados, informou nesta quarta-feira 23 um advogado que representa várias famílias e meios de comunicação do Reino Unido.

A família de outra vítima recebeu os restos mortais de uma pessoa diferente, afirmou James Healy Pratt, advogado que representa 20 famílias que perderam entes queridos no acidente.

Um total de 241 pessoas que estavam a bordo do Boeing 787 Dreamliner com destino a Londres morreu quando o avião caiu pouco depois de decolar de Ahmedabad, no oeste da Índia, em 12 de junho.

Várias pessoas em terra também perderam a vida, e apenas um passageiro – o britânico Vishwash Kumar Ramesh – sobreviveu ao acidente.

Healy Pratt declarou à agência Press Association que a repatriação dos restos mortais das vítimas foi marcada por erros graves, que foram identificados após uma investigação feita por um médico legista britânico.

“Nos dois primeiros caixões que foram repatriados, um deles continha uma mistura de DNA que não correspondia nem ao falecido naquele caixão nem ao caixão que o acompanhava”, afirmou.

O advogado acrescentou que o legista conseguiu “determinar que uma das pessoas não era quem a família pensava que fosse”.

Miten Patel, cuja mãe Shobhana Patel morreu com seu marido no acidente, declarou à BBC que “outros restos mortais” foram encontrados no caixão de sua mãe após ter sido repatriado ao Reino Unido.

O jornal Daily Mail foi o primeiro a reportar dois casos em que supostamente corpos errados teriam sido devolvidos a famílias britânicas.

O Ministério das Relações Exteriores da Índia declarou que todos “foram tratados com o máximo profissionalismo e com o devido respeito à dignidade dos mortos”.

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