Mundo
Explosão perto de mesquita em Cabul, no Afeganistão, deixa mortos
Funeral da mãe do porta-voz do taleban, Zabihullah Mujahid, era realizado no local


Ao menos dois civis morreram neste domingo e três ficaram feridos em uma explosão perto da mesquita Id Gah, em Cabul, no Afeganistão, informou o porta-voz do ministério do Interior, Qari Sayed Khosti.
Alguns minutos antes, o porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, tuitou: “Uma explosão teve como alvo durante a tarde uma reunião de civis perto da entrada da mesquita Id Gah em Cabul e matou várias pessoas”.
No momento da explosão, a mesquita, a segunda mais importante da cidade, organizava uma oração em memória da mãe de Mujahid.
“De acordo com a informação que recebemos, dois civis morreram e três ficaram feridos na explosão”, declarou à AFP Qari Sayed Khosti.
No sábado, os talebans anunciaram em um comunicado que durante o domingo à tarde uma oração seria celebrada na mesquita em homenagem à mãe de Mujahid.
Ahmadullah, um comerciante com loja perto da mesquita, disse à AFP que “ouviu o barulho de uma explosão seguida por tiros”.
“Pouco antes da explosão, os talibãs haviam bloqueado a estrada para a oração pela mãe de Zabihullah Mujahid na mesquita”, acrescentou a testemunha.
Em 26 de agosto, ao menos 72 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas em um atentado no aeroporto de Cabul reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Com o nome de EI-K (Estado Islâmico da província de Khorasan), o EI reivindicou alguns dos atentados mais violentos cometidos nos últimos anos no Afeganistão e é grande inimigo do taleban.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.