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Explosão no metrô russo mata ao menos dez passageiros

Bomba atinge dois vagões no centro de São Petersburgo e deixa mais de 40 feridos. A polícia desarmou um segundo dispositivo

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Pelo menos dez pessoas morreram nesta segunda-feira 3 numa explosão ocorrida no metrô no centro de São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia. Outras 43 ficaram feridas, num ataque investigado como terrorista pelas autoridades.

A explosão atingiu dois vagões próximo à estação Sennaya Ploshchad, que encheu de fumaça, sendo logo esvaziada. Após o impacto, o maquinista ainda conduziu o metrô até chegar à Sennaya Ploshchad, o que ajudou a remover os feridos e a salvar vidas.

“A explosão ocorreu entre duas estações, mas o maquinista tomou a decisão absolutamente correta de não parar o trem até chegar à próxima estação”, afirmou a porta-voz do Comitê de Instrução russo, Svetlana Petrenko. “Isso permitiu iniciar a remoção das pessoas imediatamente e ajudar os feridos.”

Uma segunda bomba foi encontrada em outra estação de metrô – Ploshchad Vosstaniya – e foi desarmada pela polícia. Embora radicais chechenos tenham perpetrado ataques na Rússia nos últimos anos, ainda não há indicações de quem seria o responsável pela explosão.

Todas as estações de metrô da segunda maior cidade do país foram interditadas e esvaziadas. Fotos divulgadas nas redes sociais mostravam feridos numa plataforma e portas destruídas de um vagão do metrô.

“Tudo ficou cheio de fumaça, havia muitos bombeiros. Eles gritaram para corrermos para a saída e todo mundo correu. Todos estavam em pânico”, contou a estudante Maria Smirnova, que estava no trem atrás do que explodiu.

Investigação
O presidente russo, Vladimir Putin, estava na região para se reunir com seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko. No momento da explosão ele se encontrava em Strelna, na periferia de São Petersburgo.

Putin prometeu que as autoridades de segurança esclarecerão a explosão. “Estamos considerando todas as possibilidades, se foi um ato criminoso ou se teve um caráter terrorista.”

Segundo deputado Viktor Oserov, do Conselho da Federação, todos os indícios apontam na direção de um atentado terrorista. Fontes oficiais avaliam entre 200 e 300 gramas de dinamite a força explosiva do artefato, que tinha fragmentos de metal. 

Autoridades russas confirmaram a abertura de uma investigação como ato de terrorismo. Uma câmera de segurança teria captado a imagem do suspeito de ter colocado a bomba no metrô. Os explosivos foram deixados numa bolsa. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Duas pessoas estão sendo procuradas pelas autoridades. Uma teria colocado os explosivos no vagão do metrô, e a outra, deixado a bomba na estação Ploshchad Vosstaniya.

A Rússia já foi alvo de ataques similares nos últimos anos, e líderes rebeldes chechenos com frequência ameaçam realizar novos atentados. Em 2010, pelo menos 38 pessoas morreram quando dois suicidas detonaram bombas em trens de metrô lotados em Moscou.

Luto
Em homenagem às vítimas da explosão, a cidade de São Petersburgo decretou três dias de luto oficial. O presidente russo ofereceu também condolência às vítimas e aos seus familiares.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, afirmou que está acompanhando o caso junto como todos os ministros do Exterior do bloco, que estavam reunidos em Luxemburgo nesta segunda. “Todos os nossos pensamentos estão com os russos”, disse no Twitter. 

O governo alemão expressou sua “profunda comoção” pelas “terríveis notícias” que chegam de São Petersburgo. “Com profunda comoção estou seguindo as terríveis notícias de São Petersburgo”, afirmou o ministro alemão do Exterior e vice-chanceler, Sigmar Gabriel, que ressaltou que muitos indícios parecem indicar que trata-se de um “pérfido atentado contra pessoas inocentes em sua rotina diária”.

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