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Exilado na Espanha, González Urrutia diz que tomará posse na Venezuela em janeiro

O órgão eleitoral do país chancelou a reeleição do atual presidente Nicolás Maduro, mas a oposição alega fraude e reivindica a vitória

Exilado na Espanha, González Urrutia diz que tomará posse na Venezuela em janeiro
Exilado na Espanha, González Urrutia diz que tomará posse na Venezuela em janeiro
O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia. Foto: Oscar Del Pozo/AFP
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O opositor Edmundo González Urrutia, que está exilado na Espanha desde setembro, afirmou que ainda acredita que tomará posse como presidente da Venezuela em 10 de janeiro, data prevista para a transição de poder.

“Todos estão empenhados para que, no próximo 10 de janeiro, comece a reconstrução da Venezuela. Para isso, contamos com o apoio de cada um de vocês, onde quer que estejam”, afirmou em entrevista à rádio colombiana W.

O órgão eleitoral do país chancelou a reeleição do atual presidente Nicolás Maduro, mas a oposição alega fraude no pleito e reivindica a vitória de González nas eleições de 28 de julho. O grupo contra Maduro alega que tem 80% das cópias dos resultados oficiais que comprovavam sua vitória.

O governo rejeitou as cédulas e disse que elas eram falsas, e o Ministério Público anunciou uma investigação contra os líderes da oposição e pediu a prisão de González Urrutia. Após a decisão do MP, o Urrutia decidiu se exilar na Espanha.

Buscando aumentar a temperatura contra o governo Maduro, a oposição convocou para 1º de dezembro o que chamou de um ‘enorme’ protesto ‘dentro e fora’ da Venezuela.

“Temos que agir já, neste 1º – de dezembro – será um protesto único, inédito (…) O mundo inteiro vai se concentrar na causa de um país que decidiu avançar até o final”, disse María Corina Machado em um encontro virtual com líderes e ativistas da oposição.

A oposição espera que a pressão internacional sobre o governo de Maduro aumente após o reconhecimento do opositor como “presidente eleito” por países como Estados Unidos, Itália e Equador. A líder da oposição, que está escondida após ser ameaçada de prisão, acrescentou: “Que seja um grande protesto dentro e fora da Venezuela”. Machado também prometeu ações “mais firmes e decisivas” no período que antecede o dia 10 de janeiro.

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