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Exército israelense bombardeia bases militares na Síria

Ação ocorre poucos dias após Israel voltar a atacar a Faixa de Gaza e o Líbano em uma escalada de violência apoiada pelos EUA, mas duramente criticada pela comunidade internacional

Exército israelense bombardeia bases militares na Síria
Exército israelense bombardeia bases militares na Síria
Militares de Israel voltaram a atacar Gaza, Líbano e Síria. Foto: HAZEM BADER / AFP
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O Exército israelense informou nesta terça-feira 25 que atacou novamente duas bases militares no centro da Síria, um dia após a chefe da diplomacia da União Europeia ter alertado sobre o risco de “uma nova escalada” na região devido aos ataques naquele país e no Líbano.

“As FDI (forças de defesa israelenses) atacaram as capacidades militares que permaneciam nas bases militares sírias de Tadmur e T4”, afirmou o Exército em referência às bases em Palmira e outra 50 km ao oeste da cidade.

“As FDI continuarão atuando para eliminar qualquer ameaça aos cidadãos do Estado de Israel”, acrescentou o comunicado.

A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, alertou na segunda-feira em Jerusalém sobre o perigo de que os ataques israelenses agravem a situação regional.

“As ações militares devem ser proporcionais e os bombardeios israelenses na Síria e no Líbano correm o risco de provocar uma nova escalada”, declarou Kallas ao lado do ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Saar.

“Acreditamos que estas ações são desnecessárias porque a Síria não está atacando Israel neste momento e isso alimenta a radicalização, que também está direcionada contra Israel”, explicou Kallas.

Desde a queda de Bashar al Assad em dezembro, Israel efetuou dezenas de ataques contra unidades militares do antigo governo da Síria, alegando que pretende evitar que o arsenal caia nas mãos das novas autoridades, que Israel considera “jihadistas”.

O novo governo sírio denunciou a “agressão (como) parte de uma campanha israelense contra o povo sírio e a estabilidade do país”.

No Líbano, apesar da trégua em vigor desde 27 de novembro com o movimento Hezbollah, Israel efetua ataques com frequência.

Segundo o Exército israelense, os bombardeios pretendem destruir infraestruturas ou membros do movimento xiita libanês, apoiado pelo Irã.

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