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Exército de Israel entrará em Gaza com ‘força total’ nos próximos dias, diz Netanyahu

Quase 53 mil pessoas já morreram nas ações militares no enclave palestino

Exército de Israel entrará em Gaza com ‘força total’ nos próximos dias, diz Netanyahu
Exército de Israel entrará em Gaza com ‘força total’ nos próximos dias, diz Netanyahu
Principal representante de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteve na Casa Branca para uma reunião com Trump. A violenta ação militar em Gaza tem o aval dos EUA. Foto: SAUL LOEB / AFP
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira 13 que o Exército do país entrará na Faixa de Gaza “com força total” nos próximos dias, segundo um comunicado de seu gabinete.

Ele também afirmou que seu governo trabalha para encontrar países dispostos a aceitar palestinos que, segundo ele, poderiam sair da Faixa de Gaza em grande número.

Em 5 de maio, Israel anunciou uma nova campanha militar contra a Faixa de Gaza, que inclui a “conquista” do território palestino. Esta campanha exigirá o deslocamento interno da “maioria” de seus habitantes, segundo o Exército, que afirma ter mobilizado “dezenas de milhares de reservistas”.

“Nos próximos dias, entraremos com a nossa força total para completar a operação. Completar a operação significa derrotar o Hamas, destruir o Hamas”, disse Netanyahu sobre o movimento palestino que governa a Faixa.

“Não haverá situação em que possamos parar a guerra. Pode haver uma trégua temporária (para garantir a libertação dos reféns ainda mantidos em Gaza), mas vamos com tudo”, enfatizou.

O primeiro-ministro israelense também falou sobre a possível realocação de parte da população de Gaza para outros países.

“Estabelecemos uma administração que permitirá que eles saiam, mas o problema do nosso lado se resume a uma coisa: precisamos de países dispostos a acolhê-los. É nisso que estamos trabalhando atualmente”, enfatizou.

“Se lhes oferecermos a oportunidade de sair, mais de 50% sairão, e acredito que muitos mais”, acrescentou.

Fome em Gaza

Além dos ataques, que devem aumentar após a promessa de Netanyahu, Gaza convive com a fome, que chegou a níveis alarmantes nos últimos meses. Segundo um comunicado da ONG ‘Médicos Sem Fronteiras’, a Faixa de Gaza atingiu níveis de desnutrição “comparáveis aos observados em países que enfrentam crises humanitárias prolongadas que duram várias décadas”, como Iêmen ou Nigéria.

Segundo a organização, a desnutrição aguda na Faixa de Gaza está sendo usada como uma “arma de guerra”. Isso porque Israel, além dos ataques, impôs um bloqueio ao território palestino que já dura cerca de 2 meses.

(Com informações de AFP)

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