Exército da Rússia ocupa cidade onde vivem funcionários da usina de Chernobyl

Slavútych foi construída depois do grave acidente da central nuclear, em 1986

A usina nuclear de Chernobyl. Foto: AFP-JIJI

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O Exército russo assumiu o controle da cidade de Slavútych, no norte da Ucrânia, onde residem os funcionários da central nuclear de Chernobyl, e prendeu o prefeito Yuri Formishev. Segundo autoridades regionais, a ação deflagrou manifestações da população.

“Os ocupantes russos invadiram Slavútych e ocuparam o hospital municipal”, denunciou no Telegram a administração militar da região de Kiev, que inclui esta cidade de 25.000 habitantes localizada a 160 quilômetros ao norte da capital. “Segundo as últimas informações, o prefeito da cidade, Yuri Formishev, foi capturado.”

Slavútych foi construída depois do grave acidente da central nuclear de Chernobyl, em 1986. A usina foi tomada pelo Exército russo em 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão da Ucrânia.

‘Corrida nuclear’

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado 26, no Fórum de Doha, que o alarde feito pela Rússia sobre suas armas nucleares estimula uma perigosa corrida armamentista.

Em uma intervenção por videoconferência na reunião de líderes políticos e empresariais, Zelensky também pediu ao Catar que aumente sua produção de gás natural para combater os esforços russos de usar a energia como uma ameaça.


“Eles estão alardeando que podem destruir não apenas um país em particular, mas o mundo inteiro, com suas armas nucleares”, insistiu.

Zelensky ainda alegou que quando a Ucrânia desmantelou seu arsenal, na década de 1990, recebeu garantias de segurança dos países mais poderosos do mundo, incluindo a Rússia.

“Mas isso não se converteu em garantias e, de fato, um dos países que se acreditava que cumpriria uma das maiores promessas de segurança começou a agir contra a Ucrânia, e isso constitui o cúmulo da manifestação da injustiça.”

Países europeus prometeram que deixarão de depender do petróleo e do gás russos e já recorreram ao Catar para buscar fornecedores alternativos.

(Com informações da AFP)

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