Mundo
Execuções por pena de morte estão suspensas na Califórnia
Governador disse que matar outra pessoa intencionalmente é imoral e que não vai autorizar a execução de nenhum indivíduo no estado
O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, suspendeu a execução de condenados por pena de morte. O anúncio foi feito nesta quarta-feira 13 pelo governador, Gavin Newsom. A medida beneficia 737 presos que estão no “corredor da morte” neste estado americano, o que representa o maior contingente do país.
“A pena de morte é incompatível com nossos valores fundamentais e atinge profundamente o ideal de ser californiano”, afirma Newsom, que é do Partido Democrata, em trechos do seu discurso que foram enviados à imprensa. “Matar outra pessoa intencionalmente é imoral. Como governador, não vou autorizar a execução de nenhum indivíduo”, acrescenta ele.
O atual governador da Califórnia assumiu o posto em janeiro de 2019 e tem um histórico de luta contra a pena de morte. Ele vai assinar um decreto acabando com o protocolo de injeção letal que existe no estado e ordenando o fechamento da sala de execuções na prisão de San Quentin, perto de São Francisco.
Trump descontente com a medida
O anúncio desagrada o presidente republicano Donald Trump, que declarou no Twitter que Newsom iria impedir a execução de “737 assassinos cruéis condenados à morte”. Trump disse ainda que os “amigos e familiares das sempre esquecidas vítimas não estão contentes e eu também não”.
Já a senadora democrata da Califórnia Kamala Harris, uma das principais candidatas à eleição presidencial de 2020, saudou a decisão do governador. “A pena de morte é imoral, discriminatória, ineficaz e está provado que ela é aplicada de maneira injusta”, tuitou ela.
As cadeias da Califórnia são responsáveis por um quarto de todos os presos no corredor da morte nos Estados Unidos, segundo o gabinete do governador. Mas a última execução no estado foi em 2006. A Califórnia se junta aos estados do Colorado, Oregon e Pensilvânia que declararam uma suspensão das execuções, além de vinte outros que aboliram a pena de morte.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.