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Ex-presidente peruano Pedro Castillo será julgado a partir de março

Segundo o ex-governante, ele foi removido do cargo no contexto de uma suposta conspiração política entre o Congresso e o Ministério Público

Ex-presidente peruano Pedro Castillo será julgado a partir de março
Ex-presidente peruano Pedro Castillo será julgado a partir de março
Pedro Castillo, ex-presidente do Peru. Foto: Flickr/Presidencia Perú
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O ex-presidente peruano Pedro Castillo, detido em uma prisão em Lima, será submetido a julgamento a partir de 4 de março, após sua tentativa fracassada de dissolver o Congresso em 2022, informou o Poder Judiciário do país andino nesta segunda-feira 3.

Castillo, de 55 anos, comparecerá ao banco dos réus para responder em “julgamento oral […] como coautor do crime de rebelião e como autor de abuso de autoridade”, indicou o Poder Judiciário peruano na rede social X.

O ex-mandatário de esquerda, que governou entre 2021 e 2022, cumpre 18 meses de prisão preventiva a pedido do Ministério Público, que o acusa de tentar um “golpe de Estado”. O órgão pede uma sentença de 34 anos de prisão.

O tribunal confirmou que as audiências serão realizadas de forma presencial e virtual a partir da prisão especial para ex-presidentes nos arredores de Lima.

O ex-mandatário foi detido em 7 de dezembro de 2022, quando fracassou em sua tentativa de dissolver o Congresso e governar por decreto.

“Nunca peguei em armas”, alegou Castillo em audiências prévias perante magistrados, afirmando que seu pedido de dissolver o Congresso não se concretizou porque suas ordens não foram acatadas pelas Forças Armadas.

Segundo o ex-governante, ele foi removido do cargo no contexto de uma suposta conspiração política entre o Congresso, de maioria opositora, e o Ministério Público. Castillo fracassou em seu plano de dissolver o Legislativo quando era investigado por supostos atos de corrupção.

Castillo, que havia sido eleito em 2021 para governar até 2026, foi destituído depois de apenas 17 meses no poder.

Sua vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu o cargo em meio a manifestações que exigiam sua renúncia, o fechamento do Congresso e a antecipação das eleições.

Os protestos foram reprimidos pela polícia e pelos militares. Cinquenta civis supostamente morreram nas mãos dos agentes de segurança, o que resultou em uma investigação criminal contra Boluarte.

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