Mundo
Ex-presidente boliviano Evo Morales vai a Cuba para tratamento de saúde
Em entrevista à rádio nesta segunda-feira 10, presidente argentino Alberto Fernández explicou que a viagem foi informada às autoridades


De acordo com a imprensa argentina, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, deixou Buenos Aires e viajou para Cuba, na madrugada desta segunda-feira 10, a fim de fazer um tratamento médico.
Em entrevista à Rádio Continental, o presidente Alberto Fernández explicou que a viagem foi informada às autoridades argentinas. “Me parece que estava com um tratamento (médico) e tinha que viajar. Falou comigo há uns dias. Como refugiado, não está impedido de ir a Cuba. Tem direitos e pode exercê-los”, disse.
Morales, de 60 anos, vive na Argentina como refugiado político, após um breve asilo no México. A mudança de endereço aconteceu após sua renúncia à Presidência da Bolívia em 10 de novembro, em meio a uma convulsão social no país. Na Argentina, permanecem refugiados os filhos do ex-presidente.
Morales governou a Bolívia por quase 14 anos e obteve uma polêmica vitória para um quarto mandato na eleição presidencial de 20 de outubro. Uma auditoria da OEA encontrou irregularidades que levaram à sua renúncia.
A Bolívia terá novas eleições em 3 de maio. Morales está impedido de se candidatar à Presidência, mas manifestou sua intenção de ganhar uma cadeira como legislador e instruiu seu advogado para que seu nome seja inscrito como candidato.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.