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Ex-ministro da Defesa vai liderar delegação ucraniana em negociações com a Rússia

Encontro está marcado para esta quinta-feira 23, em Istambul

Ex-ministro da Defesa vai liderar delegação ucraniana em negociações com a Rússia
Ex-ministro da Defesa vai liderar delegação ucraniana em negociações com a Rússia
Rustem Umerov foi nomeado para o cargo de secretário do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia – Foto: Adem Altan/AFP
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O ex-ministro da Defesa Rustem Umerov vai liderar a delegação ucraniana nas negociações previstas com a Rússia na quarta-feira 23 na Turquia, que tentarão encontrar uma solução para mais de três anos de guerra, anunciou nesta terça-feira o presidente Volodymyr Zelensky.

“A delegação será liderada por Rustem Umerov”, recentemente nomeado secretário do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, informou Zelensky nas redes sociais.

A delegação incluirá representantes dos serviços de inteligência, da diplomacia e da presidência, segundo o chefe de Estado.

Zelensky afirmou que espera discutir com Moscou novas trocas de prisioneiros e a repatriação de crianças ucranianas atualmente na Rússia.

Ele também enfatizou que quer “preparar uma reunião” com o presidente Vladimir Putin, para “acabar de verdade com a guerra”.

O Kremlin, no entanto, esfriou as expectativas. O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, declarou que não espera “avanços milagrosos”.

O encontro de quarta-feira será a terceira sessão de negociações entre russos e ucranianos neste formato, após as reuniões anteriores em Istambul em 16 de maio e 2 de junho.

Apesar da pressão de Washington nos dois encontros, não foi possível alcançar um cessar-fogo e o máximo que se conseguiu foi negociar uma troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos em combate.

As posições das duas partes permanece irreconciliáveis.

A Rússia deseja que a Ucrânia ceda quatro regiões que já controla parcialmente – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia – além da península da Crimeia, anexada em 2014. Também exige que Kiev renuncie ao projeto de adesão à Otan.

As condições são inaceitáveis para a Ucrânia, que exige a retirada russa dos territórios ocupados e garantias de segurança por parte do Ocidente, como a continuidade no fornecimento de armas e o envio de um contingente europeu após um cessar-fogo, uma medida que Moscou rejeita.

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