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Ex-ditadores argentinos Videla e Bignone são condenados à prisão

Ambos foram considerados culpados por manter um plano sistemático de roubo de bebês de presas políticas

Ex-ditadores argentinos Videla e Bignone são condenados à prisão
Ex-ditadores argentinos Videla e Bignone são condenados à prisão
Videla e Bignone durante audiência em Buenos Aires. Ambos foram condenados. Foto: Jorge Mabromata / AFP
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A Justiça da Argentina proferiu nesta quinta-feira 5 mais uma decisão histórica a respeito da ditadura no país (1976-1983). O Tribunal Oral Federal 6 condenou os ex-ditadores Jorge Rafael Videla e Reynaldo Bignone a 50 anos e 15 anos de prisão, respectivamente, por sua participação em um plano sistemático de roubo de bebês durante o regime cívico-militar. Segundo a acusação, os bebês de presas políticas eram roubados e tinham suas identidades trocadas pelos militares.

O processo foi movido pela líder da organização Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto. A organização reúne mães e avós de adultos e crianças desaparecidos durante os governos militares na Argentina. Segundo a acusação, comandada pelo procurador Niklison Martin, há provas de que na Escola de Mecânica Armada (Esma), em Buenos Aires, transformada em centro de torturas, havia uma maternidade no subsolo do prédio principal. Lá os bebês nasciam e eram afastados de suas mães.

O crime ocorria também em outros dois centros de tortura, o Campo de Mayo e o Pozo de Banfield. Há estimativas de que presas políticas argentinas tiveram cerca de 400 bebês durante a ditadura, mas o caso julgado nesta quinta-feira se restringia aos casos de 35 bebês, 28 dos quais tiveram suas identidades recuperadas.

Para Videla, a condenação se une a outra confirmada em novembro de 2010. Pelo assassinato de 31 presos políticos, Videla foi condenado à prisão perpétua pela Justiça argentina. Além de Videla e Bignone, foram condenados Antonio Vañek, responsável pela Esma (40 anos detido); o chefe da inteligência da unidade, Jorge “Tigre” Acosta (30 anos); o ex-comandante do Exército Santiago Omar Riveros (15 anos); e o oficial aposentado da Guarda Costeira Juan Antonio Azic (14 anos).

A Justiça da Argentina proferiu nesta quinta-feira 5 mais uma decisão histórica a respeito da ditadura no país (1976-1983). O Tribunal Oral Federal 6 condenou os ex-ditadores Jorge Rafael Videla e Reynaldo Bignone a 50 anos e 15 anos de prisão, respectivamente, por sua participação em um plano sistemático de roubo de bebês durante o regime cívico-militar. Segundo a acusação, os bebês de presas políticas eram roubados e tinham suas identidades trocadas pelos militares.

O processo foi movido pela líder da organização Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto. A organização reúne mães e avós de adultos e crianças desaparecidos durante os governos militares na Argentina. Segundo a acusação, comandada pelo procurador Niklison Martin, há provas de que na Escola de Mecânica Armada (Esma), em Buenos Aires, transformada em centro de torturas, havia uma maternidade no subsolo do prédio principal. Lá os bebês nasciam e eram afastados de suas mães.

O crime ocorria também em outros dois centros de tortura, o Campo de Mayo e o Pozo de Banfield. Há estimativas de que presas políticas argentinas tiveram cerca de 400 bebês durante a ditadura, mas o caso julgado nesta quinta-feira se restringia aos casos de 35 bebês, 28 dos quais tiveram suas identidades recuperadas.

Para Videla, a condenação se une a outra confirmada em novembro de 2010. Pelo assassinato de 31 presos políticos, Videla foi condenado à prisão perpétua pela Justiça argentina. Além de Videla e Bignone, foram condenados Antonio Vañek, responsável pela Esma (40 anos detido); o chefe da inteligência da unidade, Jorge “Tigre” Acosta (30 anos); o ex-comandante do Exército Santiago Omar Riveros (15 anos); e o oficial aposentado da Guarda Costeira Juan Antonio Azic (14 anos).

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