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Ex-chefe do FMI chega a acordo com camareira, diz jornal

Nafissatou Diallo acusa Dominique Strauss-Kahn de obrigá-la a fazer sexo com ele em um quarto de hotel em Nova York

Dominque Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI, em imagem de outubro de 2011 em Sarcelles, na França. Foto: Miguel Medina / AFP
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NOVA YORK (AFP) – Dominique Strauss-Kahn, ex-chefe do Fundo Monetário Internacional, e Nafissatou Diallo, a camareira de um hotel em Nova York que o acusou de agressão sexual, teriam chegado a um acordo financeiro que, se for assinado, colocará fim a 18 meses de uma saga judicial nos Estados Unidos.

Segundo o jornal The New York Times, que cita fontes ligadas ao caso, Strauss-Kahn e a camareira chegaram a um acordo para encerrar o caso, mas o mesmo ainda não foi assinado. O jornal francês Le Monde afirmou em sua edição datada de sábado que Strauss-Kahn deverá pagar 6 milhões de dólares a Nafissatou Diallo, segundo confidências que ele fez a pessoas próximas.

O ex-diretor-gerente do FMI afirmou a pessoas próximas que “pegaria um empréstimo bancário de 3 milhões de dólares” e sua esposa, Anne Sinclair, de quem se separou, lhe emprestaria “os três milhões restantes”, segundo o Le Monde. “Nem Dominique Strauss-Kahn, nem seus advogados têm algo a comentar sobre o procedimento em curso nos Estados Unidos”, declararam em um comunicado Frédérique Baulieu, Richard Malka e Henri Leclerc, seus advogados. Os advogados “desmentem firmemente, por sua vez, as informações fantasiosas e erradas ecoadas pelo jornal Le Monde”.

O juiz Douglas McKeon, que conduz a ação civil no tribunal do Bronx, em Nova York, negou-se a fazer comentários sobre o anúncio de um acordo, assim como os advogados de Diallo. Mas McKeon confirmou à AFP que “pode ocorrer uma audiência judicial muito em breve, como na próxima semana”. Segundo o Le Monde, ela irá ocorrer no dia 7 de dezembro.

Diallo acusou Strauss-Kahn perante um juizado civil do Bronx depois que o Ministério Público rejeitou a acusação de estupro apresentada inicialmente contra o funcionário internacional, dizendo que o caso não teria sucesso perante um juri.

Strauss-Kahn era considerado um forte candidato à eleição francesa, que foi realizada neste ano, até a explosão do escândalo, que levou à prisão do então diretor-gerente do FMI por decisão das autoridades de Nova York. O incidente provocou a renúncia de Strauss-Kahn e acabou com sua carreira política.

Em maio, o juiz McKeon havia se recusado a encerrar o caso, como pediam os advogados de Strauss-Kahn, que afirmavam que ele contava com imunidade diplomática. Desde então, o processo estava estancado. O juiz encarregado do caso, considerado um jurista inclinado a desenvolver acordos que evitam o processo legal, tinha afirmado que iria considerar este caso como qualquer outro. “Este caso não vai ser alvo de nenhuma exceção. Vamos fazer o mesmo que em qualquer outro caso civil”, havia declarado há seis meses à AFP.

Nafissatou Diallo iniciou a ação civil contra o político no dia 8 de agosto de 2011, junto com um processo penal que começou no dia 14 de maio do mesmo ano, data na qual ocorreu a suposta agressão no quarto do hotel Sofitel, ocupado por Strauss-Kahn. A camareira havia acusado o ex-diretor-gerente do Fundo de tê-la forçado a praticar sexo oral.

Strauss-Kahn, de 63 anos, reconheceu ter mantido uma breve relação sexual, que classificou de imprópria, com a mulher, embora tenha desmentido ter exercido qualquer ato de violência.

O político foi detido quando embarcava em um avião com destino à Europa e foi levado como parte do procedimento ao centro de detenção de Rikers Island. No entanto, o processo penal contra ele foi rejeitado em 23 de agosto de 2011, já que o procurador expressou dúvidas sobre a credibilidade de Diallo, devido a várias inconsistências em seu discurso. No entanto, os dois processos transcorriam por vias independentes, razão pela qual o processo civil seguiu seu curso.

Se o acordo for assinado, o ex-chefe do FMI terá encerrado seus problemas com a justiça americana, mas continua sendo acusado na França no âmbito do caso chamado de hotel Carlton, que envolve a organização de festas com prostitutas. Seus advogados pediram que o processo seja anulado, e a justiça se pronunciará a respeito no dia 19 de dezembro.

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NOVA YORK (AFP) – Dominique Strauss-Kahn, ex-chefe do Fundo Monetário Internacional, e Nafissatou Diallo, a camareira de um hotel em Nova York que o acusou de agressão sexual, teriam chegado a um acordo financeiro que, se for assinado, colocará fim a 18 meses de uma saga judicial nos Estados Unidos.

Segundo o jornal The New York Times, que cita fontes ligadas ao caso, Strauss-Kahn e a camareira chegaram a um acordo para encerrar o caso, mas o mesmo ainda não foi assinado. O jornal francês Le Monde afirmou em sua edição datada de sábado que Strauss-Kahn deverá pagar 6 milhões de dólares a Nafissatou Diallo, segundo confidências que ele fez a pessoas próximas.

O ex-diretor-gerente do FMI afirmou a pessoas próximas que “pegaria um empréstimo bancário de 3 milhões de dólares” e sua esposa, Anne Sinclair, de quem se separou, lhe emprestaria “os três milhões restantes”, segundo o Le Monde. “Nem Dominique Strauss-Kahn, nem seus advogados têm algo a comentar sobre o procedimento em curso nos Estados Unidos”, declararam em um comunicado Frédérique Baulieu, Richard Malka e Henri Leclerc, seus advogados. Os advogados “desmentem firmemente, por sua vez, as informações fantasiosas e erradas ecoadas pelo jornal Le Monde”.

O juiz Douglas McKeon, que conduz a ação civil no tribunal do Bronx, em Nova York, negou-se a fazer comentários sobre o anúncio de um acordo, assim como os advogados de Diallo. Mas McKeon confirmou à AFP que “pode ocorrer uma audiência judicial muito em breve, como na próxima semana”. Segundo o Le Monde, ela irá ocorrer no dia 7 de dezembro.

Diallo acusou Strauss-Kahn perante um juizado civil do Bronx depois que o Ministério Público rejeitou a acusação de estupro apresentada inicialmente contra o funcionário internacional, dizendo que o caso não teria sucesso perante um juri.

Strauss-Kahn era considerado um forte candidato à eleição francesa, que foi realizada neste ano, até a explosão do escândalo, que levou à prisão do então diretor-gerente do FMI por decisão das autoridades de Nova York. O incidente provocou a renúncia de Strauss-Kahn e acabou com sua carreira política.

Em maio, o juiz McKeon havia se recusado a encerrar o caso, como pediam os advogados de Strauss-Kahn, que afirmavam que ele contava com imunidade diplomática. Desde então, o processo estava estancado. O juiz encarregado do caso, considerado um jurista inclinado a desenvolver acordos que evitam o processo legal, tinha afirmado que iria considerar este caso como qualquer outro. “Este caso não vai ser alvo de nenhuma exceção. Vamos fazer o mesmo que em qualquer outro caso civil”, havia declarado há seis meses à AFP.

Nafissatou Diallo iniciou a ação civil contra o político no dia 8 de agosto de 2011, junto com um processo penal que começou no dia 14 de maio do mesmo ano, data na qual ocorreu a suposta agressão no quarto do hotel Sofitel, ocupado por Strauss-Kahn. A camareira havia acusado o ex-diretor-gerente do Fundo de tê-la forçado a praticar sexo oral.

Strauss-Kahn, de 63 anos, reconheceu ter mantido uma breve relação sexual, que classificou de imprópria, com a mulher, embora tenha desmentido ter exercido qualquer ato de violência.

O político foi detido quando embarcava em um avião com destino à Europa e foi levado como parte do procedimento ao centro de detenção de Rikers Island. No entanto, o processo penal contra ele foi rejeitado em 23 de agosto de 2011, já que o procurador expressou dúvidas sobre a credibilidade de Diallo, devido a várias inconsistências em seu discurso. No entanto, os dois processos transcorriam por vias independentes, razão pela qual o processo civil seguiu seu curso.

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