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Evo Morales poderá se reeleger outra vez na Bolívia

Com mais uma mudança na legislação, ele poderá ficar no poder até 2020

Morales durante discurso em Cochabamba, em 14 de maio. Ele poderá governar a Bolívia até 2020
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O governo boliviano promulgou nesta segunda-feira 20 a lei que permite ao presidente Evo Morales concorrer a um terceiro mandato consecutivo, para o período 2015-2020, após a medida ser votada no Congresso e receber o aval do Tribunal Constitucional.

O vice-presidente Álvaro García, que preside o Congresso, promulgou a Lei de Aplicação Normativa em nome de Morales, que está nos Estados Unidos.

“Esta lei está abrindo o caminho, dando sinal verde para a candidatura do presidente Evo e do vice-presidente para competir democraticamente nas próximas eleições, em 2014”, explicou o ministro da presidência, Juan Ramón Quintana.

Morales foi eleito em 2005 para o período 2006-2011, mas encurtou seu mandato para se candidatar em 2009 para o intervalo de 2010-2015, graças a uma recém-aprovada Constituição. Nela a República foi deixada de lado, dando lugar a um Estado Plurinacional.

O líder da Unidade Nacional (de oposição, centro direita), Samuel Doria Medina, manifestou sua decepção com a sentença e insistiu que Morales irá para o terceiro mandato, e não para o segundo, como defendem seus seguidores.

O debate surgiu em fevereiro passado, coincidindo com uma pesquisa do jornal “Página Siete”, que apontou que “54% estão de acordo com a reeleição de Evo Morales”.

Já uma pesquisa do jornal “El Deber”, divulgada no último domingo, mostrou que “41% dos eleitores votariam em Evo Morales, enquanto que 53% não o fariam, se a eleição fosse hoje”.

Na mesma matéria, Medina aparece como “o mais bem posicionado para disputar com Evo, embora concentre apenas 17% das preferências”.

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