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Evo Morales lançará novo partido na Bolívia, após romper com Luis Arce

O ex-presidente, que pretende disputar as eleições gerais de agosto, apresentará a legenda neste fim de semana

Evo Morales lançará novo partido na Bolívia, após romper com Luis Arce
Evo Morales lançará novo partido na Bolívia, após romper com Luis Arce
Evo Morales desafia antigos aliados e Justiça do país para buscar um novo mandato como presidente da Bolívia. O político deixa o histórico partido MAS para se juntar ao pequeno Frente para a Vitória. Foto: FERNANDO CARTAGENA / AFP
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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales lançará um novo partido de esquerda, após romper com o Movimento ao Socialismo (MAS), do qual se afastou devido à uma disputa com o atual presidente, Luis Arce, anunciou nesta sexta-feira (28) um dos seus aliados.

Morales, que pretende disputar as eleições gerais de agosto, apresentará seu novo partido neste fim de semana, no Chapare, seu reduto político no departamento de Cochabamba.

O ex-presidente liderará o ato, no qual decidirá com seus apoiadores o nome e a sigla do partido, informou o líder camponês Vicente Choque, próximo do ex-chefe de Estado.

Para ser reconhecido legalmente, o novo partido terá de passar por um longo processo, que inclui o registro de pelo menos 109.500 militantes.

No mês passado, Morales anunciou que disputaria as eleições presidenciais com a Frente para a Vitória (FPV), um pequeno partido registrado no Tribunal Supremo Eleitoral, mas a Justiça boliviana bloqueou a sua candidatura, porque ele já cumpriu os dois mandatos que a Constituição permite. Ainda assim, Morales insiste em fazer campanha.

Uma das figuras mais influentes da política boliviana, Evo Morales comandou o país de 2006 a 2019. Após deixar a Presidência, por pressão de protestos que não reconheceram a sua vitória há quase cinco anos, ele apoiou a eleição de seu ex-ministro Luis Arce, com quem rompeu devido a disputas internas do MAS.

Em fevereiro, Morales renunciou ao partido que dirigiu por 26 anos. O ex-presidente se refugia no Chapare, depois que um tribunal ordenou a sua prisão em janeiro, devido a um caso de abuso de menor quando ele era presidente.

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