Mundo
Evo Morales acredita ser buscado pela Interpol por crimes inexistentes
Evo Morales disse que a Interpol teria emitido uma notificação azul contra ele por delitos que considera inexistentes


Evo Morales, que renunciou à presidência da Bolívia pressionado pelas Forças Armadas, disse nesta quarta-feira 27 que a Interpol teria emitido uma notificação azul contra ele por delitos que considera inexistentes. Morales, que permanece asilado no México, disse em coletiva de imprensa que seria indiciado por uma dezena de delitos, entre eles o de “insurreição armada” e de financiar o “terrorismo”.
“A Interpol está me buscando na América do Sul por delitos que não existem”, disse Morales, acrescentando que tudo isso seria uma questão de “racismo” por ser indígena.
A Interpol explica em seu site que as denominadas notificações azuis “servem para colher informação adicional sobre a identidade de uma pessoa, localização ou atividades em relação a um delito”. Somente as vermelhas são públicas, as de captura.
O político boliviano disse também que foi convidado pelo presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, para sua cerimônia de posse no dia 10 de dezembro. “Ainda não decidi (…). Agradeço esse grande convite, que é um ato de solidariedade”, respondeu o boliviano, que chegou como asilado político à Cidade do México em 12 de novembro depois de deixar a presidência.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Dito provisório, novo governo persegue opositores na Bolívia
Por Sergio Lirio
Bolívia é uma faceta do autoritarismo líquido de nossos tempos
Por Pedro Serrano
Filhos de Evo Morales deixam a Bolívia rumo à Argentina
Por AFP