EUA tentam cortar importações da Rússia e mandam delegação para discutir petróleo com Maduro

Os países romperam relações diplomáticas em 2019, depois de Maduro assumir o segundo mandato

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Foto: Yuri Cortez/AFP

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A Casa Branca informou nesta segunda-feira 7 que uma delegação americana viajou no fim de semana à Venezuela para manter conversas com o governo de Nicolás Maduro, em especial sobre a questão energética, enquanto Washington busca formas de reduzir suas importações de petróleo russo.

“O propósito da viagem que realizaram os funcionários do governo [americano] foi discutir uma variedade de temas que incluem certamente energia, segurança energética”, declarou aos jornalistas a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

A porta-voz do governo Joe Biden acrescentou que a delegação também falou sobre a situação de cidadãos e residentes americanos detidos pelo governo Maduro, entre os quais há seis executivos da Citgo. Contudo, Psaki enfatizou que as conversas sobre energia e o destino dos detidos são “temas separados”.

“Houve uma discussão que tiveram os membros do governo no decorrer nos últimos dias”, assinalou a porta-voz. “E parte de nosso enfoque também está na saúde e no bem-estar dos cidadãos americanos detidos”.

Estados Unidos e Venezuela romperam relações diplomáticas em 2019, depois que Maduro assumiu um segundo mandato ao vencer uma eleição amplamente questionada. Washington reconheceu o líder opositor Juan Guaidó, então presidente do Legislativo, como a única autoridade legítima e impôs uma série de sanções sobre a Venezuela na tentativa de forçar a saída de Maduro.

As medidas incluem um embargo vigente desde abril de 2019 que impede a Venezuela de negociar o seu petróleo – que representava 96% das receitas do país – no mercado americano.


Desde então, Maduro recebe forte apoio da Rússia para continuar exportando petróleo apesar das medidas punitivas de Washington.

Segundo o jornal The New York Times, a visita a Caracas da delegação americana responderia ao interesse de Washington de poder substituir parte do petróleo que compra atualmente da Rússia com o que deixara de comprar da Venezuela.

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