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EUA retomarão negociações com o Taleban na semana que vem em Doha

A diplomacia americana promete ‘diálogo lúcido e franco’ com a organização

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Foto: Brendan Smialowski/AFP
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Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira 23 que retomarão as negociações com o Taleban na semana que vem no Catar, marcadas pela luta contra o terrorismo e a crise humanitária no Afeganistão.

“Posso confirmar que, na próxima semana, o representante especial para o Afeganistão, Tom West, retornará a Doha para duas semanas de reuniões com o Taleban”, disse o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, a repórteres.

“Eles vão discutir, como eu disse, nossos interesses nacionais vitais no que diz respeito ao Afeganistão, que inclui o contraterrorismo, a ajuda humanitária e a situação econômica do país”, continuou Price.

As conversas também serão sobre a possibilidade de americanos e afegãos que trabalharam para os Estados Unidos nos últimos 20 anos deixarem o país em completa “segurança”, acrescentou.

West se reuniu há quase duas semanas no Paquistão com representantes do movimento islâmico que assumiu o poder em Cabul em meados de agosto, encerrando duas décadas de presença americana no Afeganistão.

Uma primeira rodada de negociações entre Washington e o Talibã ocorreu de 9 a 10 de outubro, já em Doha, para onde a equipe diplomática dos Estados Unidos encarregada do Afeganistão foi realocada após a retirada.

O emissário americano reiterou no Twitter na última sexta-feira as condições dos Estados Unidos para que o Taleban “mereça” um apoio econômico e diplomático de Washington: luta contra o terrorismo, estabelecimento de um governo “inclusivo”, “respeito pelos direitos das minorias, mulheres e meninas” e “igualdade de acesso à educação e ao emprego”.

West garantiu que os americanos continuarão a manter um “diálogo lúcido e franco com o Taleban” e, enquanto isso, fornecerá a eles ajuda estritamente humanitária.

O ministro das Relações Exteriores do governo estabelecido pelo Talibã, Amir Khan Muttaqi, que não é reconhecido pela comunidade internacional, exigiu na semana passada em uma carta aberta ao Congresso dos Estados Unidos o levantamento do congelamento de ativos afegãos decidido por Washington.

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