EUA retiram acusações contra dirigente da Huawei detida no Canadá

O caso se transformou em um grande problema para as relações entre China, Canadá e Estados Unidos

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Os Estados Unidos retiraram, nesta sexta-feira 2, todas as acusações contra a alta executiva da multinacional chinesa Huawei Meng Wanzhou, detida no Canadá por um mandado de prisão americano, emitido por acusações relacionadas com a evasão das sanções adotadas contra o Irã.

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em conformidade com um acordo alcançado em setembro de 2021, as acusações contra a filha do fundador da gigante chinesa das telecomunicações, que passou três anos em prisão domiciliar em Vancouver, foram retiradas por completo e não poderão ser revisadas.

O caso se transformou em um grande problema para as relações entre China, Canadá e Estados Unidos.

Meng, de 50 anos, era a diretora financeira da Huawei quando foi detida em 1º de dezembro de 2018 durante uma escala em Vancouver, a pedido das autoridades americanas.

Denunciada por “fraude bancária”, Meng foi acusada de mentir para evitar as sanções americanas contra o Irã, um crime punido com mais de 30 anos de prisão nos Estados Unidos e pelo qual foi ameaçada de extradição.

Alguns dias depois de sua prisão, a China, por sua vez, prendeu dois cidadãos canadenses, o ex-diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor, os quais acusou de espionagem, uma medida vista como represália.


Meng e os dois canadenses foram repatriados recentemente, depois do acordo selado entre a Justiça americana e Meng, no qual ela admitiu ter feito “declarações falsas”.

Em contrapartida, os Estados Unidos suspenderam as acusações contra a executiva até 1º de dezembro de 2022, autorizando o Canadá a libertá-la, e concordaram em retirá-las posteriormente, se os termos do acordo forem respeitados.

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