Mundo
EUA prende imigrante mexicano que ameaçou matar Trump
‘Deportaram a minha família, e acho que é hora de Donald Trump receber o que merece’, disse Ramón Reyes em uma carta enviada ao Serviço Federal de Imigração
Agentes de imigração dos Estados Unidos prenderam um imigrante mexicano em situação irregular que ameaçou em carta assassinar o presidente Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira a secretária do Departamento de Segurança Interna (DHS), Kristi Noem.
No último dia 21, um oficial de inteligência do Serviço Federal de Imigração (ICE) recebeu pelo correio uma carta de Ramón Reyes, escrita à mão, em que ele prometia se autodeportar após atirar na cabeça de Donald Trump em um de seus comícios.
“Estamos cansados de esse presidente se meter conosco, os mexicanos. Fizemos mais por este país do que vocês, os brancos”, dizia Reyes na carta, divulgada pelo DHS.
“Deportaram a minha família, e acho que é hora de Donald Trump receber o que merece. Vou me autodeportar de volta para o México, mas não sem, antes, usar meu rifle para atirar na cabeça do seu querido presidente” em um dos seus comícios.
No dia seguinte, agentes do ICE detiveram o imigrante, 54, que se encontra agora na prisão do condado de Dodge, em Juneau, Wisconsin, aguardando para ser deportado, informou o DHS no comunicado.
Segundo Washington, Reyes entrou ilegalmente nos Estados Unidos nove vezes entre 1998 e 2005, e já foi preso por atropelamento e fuga, danos a propriedade e perturbação da ordem pública.
“Esse imigrante sem documentos, que ameaçou assassinar o presidente Trump, está atrás das grades”, ressaltou Kristi Noem, citada no comunicado. O governo também voltou a acusar o ex-chefe do FBI James Comey de pedir o assassinato de Trump.
Dias atrás, Comey publicou no Instagram uma foto que mostrava conchas na areia, com a mensagem “86 47”. O primeiro número costuma ser usado para indicar o desejo de se livrar ou matar alguém, e o segundo pode se referir a Trump, o 47º presidente dos Estados Unidos. A imagem foi apagada mais tarde.
Kristi Noem convocou “todos os políticos e veículos de comunicação” a “moderar seu discurso”.
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