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EUA monitoraram Lula por décadas e elaboraram quase mil relatórios, diz Fernando Morais

O jornalista, que é biógrafo do presidente, pediu acesso em nome dele a documentos elaborados pelo governo norte-americano

EUA monitoraram Lula por décadas e elaboraram quase mil relatórios, diz Fernando Morais
EUA monitoraram Lula por décadas e elaboraram quase mil relatórios, diz Fernando Morais
Os presidentes Lula (Brasil) e Joe Biden (EUA). Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
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Diferentes órgãos do governo dos Estados Unidos monitoraram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por décadas. Ao longo dos anos, cerca de 819 documentos foram elaborados sobre o petista. 

As informações foram fornecidas pelo governo norte-americano ao jornalista Fernando Morais, biógrafo do presidente. Os documentos se referem ao período de 1966 a 2019. 

A maioria dos registros teria sido produzida pela CIA, a agência de inteligência do governo norte-americano, segundo contou o autor à Folha de S. Paulo.

Os relatórios apontam, entre outras coisas, a relação de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), autoridades do Oriente Médio e China, além de planos militares brasileiros e a produção da Petrobras. 

Morais ainda não teve acesso à totalidade dos documentos. O pedido não contemplou, por exemplo, os anos mais recentes, após a soltura de Lula. 

“O presidente ainda estava preso quando consegui procurações para recolher em nome dele todos os registros existentes nas agências”, explicou o jornalista à Folha de S. Paulo. “Tem agências que, obviamente, não tinham nada, tipo a que cuida de entrada ilegal de alimento. Mas pedi de todas.”

Apesar das solicitações compreenderem o período a partir de 1966, ainda durante a ditadura militar brasileira, não há informação de quando seria o primeiro registro relacionado à Lula nas agências dos EUA. 

Foram encontrados 613 documentos na CIA, 111 do Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência de Defesa, 27 do Departamento de Defesa, 8 do Exército Sul dos EUA e 1 do Comando Cibernético do Exército. 

O jornalista ainda aguarda o retorno do pedido feito ao FBI, a polícia federal dos EUA, da Agência de Segurança Nacional e da Rede de Combate de Crimes Financeiros. 

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