Mundo
EUA: Filho de brasileiros, ex-deputado George Santos é sentenciado a 7 anos de prisão
O republicano admitiu ter fraudado dados para financiar a sua campanha
O ex-deputado dos Estados Unidos George Santos foi condenado a sete anos de prisão, nesta sexta-feira 25. A sentença partiu da juíza Joanna Seybert.
Santos, filho de brasileiros, protagoniza um caso insólito pela magnitude das mentiras que contou a respeito de sua própria vida. Ele admitiu ter enganado doadores de sua campanha, roubando a identidade de diversas pessoas, para financiar a empreitada eleitoral.
Reconheceu a fraude à Justiça e compareceu a um tribunal federal para ouvir a sentença. Os advogados pediam que a pena fosse de apenas dois anos de prisão, e na última quinta-feira 24 Santos se disse “tão bem quanto qualquer ser humano poderia estar, dadas as circunstâncias”. Ele afirmou que estava “pronto para encarar as consequências”.
O republicano foi eleito em 2022, mas, pouco depois do pleito, informações sobre sua trajetória política começaram a mostrar que ele havia enganado eleitores ao dizer que era um empresário bem-sucedido com passagem em Wall Street.
O caso levou Santos a se tornar alvo de críticas de republicanos e democratas, o que ganhava ainda mais força à medida que ele admitia a farta lista de mentiras. Em 2023, o Congresso norte-americano tomou a decisão inédita de cassar o seu mandato antes mesmo da condenação na Justiça.
A decisão desta sexta atendeu a um pedido do Ministério Público Federal dos EUA. A avaliação do órgão é que Santos precisaria cumprir uma pena mais longa para refletir sobre a “gravidade de seus crimes sem precedentes”. A pena também servirá, segundo a acusação, “para proteger o público de fraudes”. Ainda não há informações sobre quando o ex-deputado começará a cumprir a sentença.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
