EUA fazem novos ataques no Iêmen contra supostos mísseis dos huthis

Os rebeldes declararam como 'alvos legítimos' os interesses americanos e britânicos

Protesto no Iêmen contra os ataques noturnos americanos e britânicos em cidades controladas por rebeldes Huthi, em 12 de janeiro de 2024. Foto: AFP

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Os Estados Unidos destruíram, nesta terça-feira 16, no Iêmen, quatro mísseis dos rebeldes huthis que representavam uma “ameaça iminente” para navios mercantes e militares, informaram as forças armadas americanas.

Esta é pelo menos a terceira vez em menos de uma semana que os Estados Unidos atacam os huthis iemenitas que, por sua vez, tomam como alvo navios mercantes na rota marítima do Mar Vermelho, sob a justificativa de solidariedade aos palestinos de Gaza, constantemente bombardeada por Israel em seu conflito contra o grupo islamista Hamas.

“As forças americanas atacaram e destruíram quatro mísseis balísticos anti-navio huthis prontos para serem lançados de áreas do Iêmen controladas pelos huthis”, afirmou o Comando Central Militar dos Estados Unidos em um comunicado divulgado nas redes sociais.

Um funcionário americano disse à AFP que os mísseis, localizados em dois lugares diferentes, representavam uma “ameaça iminente para navios mercantes e navios da Marinha dos Estados Unidos”.

Os rebeldes declararam como “alvos legítimos” os interesses americanos e britânicos.

Os Estados Unidos formaram uma força naval multinacional no mês passado para proteger o transporte marítimo pelo Mar Vermelho, uma rota de trânsito essencial para 12% do comércio mundial.


Além disso, as forças americanas interceptaram vários mísseis e drones disparados a partir do Iêmen nas últimas semanas.

Os huthis afirmam que atacam navios vinculados a Israel, mas Washington nega.

O atual conflito entre Israel e o Hamas começou depois que o grupo islamista palestino realizou um ataque transfronteiriço brutal em 7 de outubro, resultando em cerca de 1.140 mortes, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses.

Após o ataque, os Estados Unidos enviaram ajuda militar a Israel, que conduz uma campanha implacável em Gaza, onde pelo menos 24.285 pessoas, a maioria civis, foram mortas, de acordo com o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas.

Essas mortes geraram indignação generalizada no Oriente Médio, onde houve um aumento nos ataques de grupos armados contrários a Israel, além de fortes críticas internacionais.

As forças americanas no Iraque e na Síria também foram alvo de drones e foguetes. Washington atribui a autoria desses ataques a grupos armados apoiados pelo Irã.

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