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EUA exige que Israel investigue assassinato de um americano na Cisjordânia

Segundo a Autoridade Palestina, o jovem Saif al Din Musalat morreu espancado por colonos israelenses

EUA exige que Israel investigue assassinato de um americano na Cisjordânia
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O palestino-americano Saif al Din Musalat. Foto: X/Reprodução
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O embaixador dos Estados Unidos em Israel exigiu nesta terça-feira 15 uma investigação sobre a morte por espancamento de um palestino-americano na Cisjordânia ocupada na semana passada, em uma rara pressão pública do governo do presidente Donald Trump sobre seu aliado.

Segundo a Autoridade Palestina, o jovem Saif al Din Musalat morreu espancado por colonos israelenses.

“Pedi a Israel que investigue energicamente o assassinato de Saif Mussallet, cidadão americano que estava visitando sua família em Sinjil quando foi espancado até a morte”, escreveu no X o embaixador Mike Huckabee, que é defensor dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos, usando uma grafia alternativa do nome da vítima.

“Deve haver responsabilização por esse ato criminoso e terrorista. Saif tinha apenas 20 anos”, prosseguiu Huckabee.

O Departamento de Estado confirmou no sábado que um cidadão americano havia falecido na Cisjordânia, e encaminhou qualquer pergunta relacionada à investigação ao “governo israelense”.

Musalat, que nasceu e cresceu no sul da Flórida e administrava uma sorveteria em Tampa, havia planejado passar o verão em uma área da Cisjordânia conhecida entre os residentes da diáspora palestina na América do Norte.

Segundo o Ministério da Saúde palestino, colonos israelenses o mataram a golpes na sexta-feira, em meio a um aumento da violência na Cisjordânia, paralelo à ofensiva israelense em Gaza.

A família de Musalat afirmou que ele estava “protegendo as terras de sua família contra colonos que tentavam roubá-las” e que estes bloquearam uma ambulância, motivo pelo qual ele morreu antes de chegar a um hospital.

Trump tem apoiado incondicionalmente Israel. Durante seu primeiro mandato, os Estados Unidos se afastaram do consenso internacional de que os assentamentos em terras ocupadas eram ilegais.

Huckabee, ex-governador do Arkansas e cristão evangélico, já manifestou seu apoio aos assentamentos.

A violência aumentou na Cisjordânia — território ocupado por Israel desde 1967 — desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023.

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