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EUA executarão homem condenado à morte com método duramente criticado

O Alabama é o único estado norte-americano a recorrer à inalação de nitrogênio, repudiada por ONU e União Europeia

EUA executarão homem condenado à morte com método duramente criticado
EUA executarão homem condenado à morte com método duramente criticado
Demetrius Frazier, condenado à morte nos EUA. Foto: HANDOUT/Alabama Department of Corrections/AFP
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O norte-americano Demetrius Frazier, de 52 anos, condenado à morte há cerca de 30 anos pelo estupro e pelo assassinato de uma mulher, será executado nesta quinta-feira 6 no Alabama por inalação de nitrogênio, um método fortemente criticado que será usado pela quarta vez.

O estado é o único no país a usar esse protocolo, lançado mundialmente há um ano. Outros estados recorrem a injeções letais.

A execução por inalação de nitrogênio, que causa morte por hipóxia (deficiência de oxigênio), é criticada pela ONU, que a considera um “método não comprovado” que poderia “constituir tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante”. A União Europeia o classifica como “particularmente cruel”.

Esta é a terceira execução nos Estados Unidos em 2025. Em 2024 foram 25 e em 2023 houve 24 execuções.

Demetrius Frazier foi condenado à morte em 1996 por estuprar e assassinar uma mulher de 40 anos, Pauline Brown, cinco anos antes em Birmingham, Alabama.

Frazer invadiu o apartamento de Brown, mãe de dois filhos, estuprou-a e atirou em sua cabeça.

Alguns anos antes, no Michigan — estado onde não há pena de morte —, ele havia sido condenado à prisão perpétua, desta vez pelo estupro e pelo assassinato de uma menina de 14 anos, Crystal Kendrick, e por outros dois estupros.

Frazier foi transferido para o Alabama em 2011. Tribunais rejeitaram seus recursos para ser preso no Michigan e contra o método de execução por inalação de nitrogênio.

O preso deve ser executado na prisão de Atmore, no Alabama, às 18h (21h de Brasília).

A pena de morte, defendida pelo presidente Donald Trump, foi abolida em 23 dos 50 estados dos EUA. Outros três, Califórnia, Oregon e Pensilvânia, emitiram moratórias.

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