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EUA estão abertos ao diálogo com Coreia do Norte, diz Kerry

Secretário de Estado faz visita pela Ásia para reafirmar apoio ao Japão e à Coreia do Sul

EUA estão abertos ao diálogo com Coreia do Norte, diz Kerry
EUA estão abertos ao diálogo com Coreia do Norte, diz Kerry
Kerry discursa na embaixada dos EUA em Tóquio. O secretário de Estado foi à Ásia manifestar o apoio da Casa Branca a seus principais aliados regionais. Foto: Paul J. Richards / AFP
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Os Estados Unidos permanecem abertos a negociações com a Coreia do Norte, afirmou nesta segunda-feira o secretário americano de Estado, John Kerry, pedindo a Pyongyang que dê um passo em direção ao diálogo.

“Os Estados Unidos seguem abertos a negociações honestas e confiáveis sobre a ‘desnuclearização’, mas a bola está com Pyongyang”, disse Kerry durante um discurso no Instituto Tecnológico de Tóquio, no momento em que o mundo teme que Pyongyang dispare um míssil para celebrar o nascimento do fundador da dinastia comunista. O chefe da diplomacia americana está em Tóquio para a última etapa de sua viagem pela Ásia, após Pequim e Seul, com o objetivo de reafirmar o apoio de Washington a seus aliados na região diante da ameaça norte-coreana.

No domingo, Kerry afirmou que Washington, que obteve o apoio de Pequim para apaziguar de forma conjunta a crise na península coreana, está “totalmente determinado a defender o Japão”, país ameaçado pela Coreia do Norte com um ataque nuclear. Kerry, que se reuniu com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe antes de encerrar a viagem por três países asiáticos, disse que as conversações na China e na Coreia do Sul já demonstraram que o mundo fala com apenas uma voz.

“Uma coisa é certa: estamos unidos e não há qualquer dúvida a este respeito; o perigoso programa de míssil nuclear norte-coreano ameaça não apenas os vizinhos da Coreia do Norte, mas também seu próprio povo”. Reafirmando sua oferta de diálogo com Pyongyang, Kerry destacou que a Coreia do Norte precisa dar “passos importantes para demonstrar que irá cumprir seus compromissos e as leis internacionais.” O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe considerou “intolerável” a conduta de Pyongyang.

Na capital norte-coreana, o dirigente Kim Jong-Un visitou nesta segunda-feira o mausoléu no qual estão os corpos embalsamados dos dois líderes do regime fechado: seu pai Kim Jong-Il e seu avô, Kim Il-Sung, que completaria 101 anos em 15 de abril.

Pyongyang será cenário de um desfile militar e o regime, como costuma fazer nos dias de celebração, pode marcar a data com um lançamento de míssil, o que seria um “grave erro”, segundo Kerry.

Segundo a inteligência sul-coreana, o Norte deslocou recentemente para sua costa oriental dois mísseis Musudan, com alcance teórico de até 4.000 km, capazes portanto de atingir alvos em todo o território sul-coreano, japonês e inclusive na ilha de Guam no Pacífico, onde o governo dos Estados Unidos mantém bases navais e aéreas.

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