Economia
EUA e Japão firmam acordo para garantir fornecimento de terras raras
Esses minerais explicam parte da guerra comercial travada por Donald Trump com a China
Os Estados Unidos e o Japão assinaram, durante a visita do presidente Donald Trump a Tóquio, um acordo para “garantir” o fornecimento de minerais críticos e terras raras, informou a Casa Branca nesta terça-feira 28.
O acordo chega no momento em que Washington tenta promover o acesso a esses elementos cruciais para indústrias como tecnologia e defesa, enquanto a China, seu principal fornecedor, endureceu as restrições à sua exportação.
O objetivo do pacto com Tóquio é “ajudar ambos os países a alcançarem a resiliência e a segurança das cadeias de suprimentos”, diz o comunicado do governo americano.
Estados Unidos e Japão “vão identificar conjuntamente projetos de interesse para abordar as deficiências nas cadeias de suprimentos de minerais críticos e terras raras, incluídos produtos derivados como ímãs permanentes, baterias, catalisadores e materiais óticos”, diz o texto.
Os dois países “pretendem mobilizar o apoio do governo e do setor privado”, acrescenta.
Este mês, Pequim anunciou restrições drásticas à indústria de terras raras, o que levou Trump a ameaçar com tarifas de 100% sobre os produtos chineses como represália.
Durante sua viagem pela Ásia, o dirigente americano e o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, firmaram um acordo comercial que também impulsiona o acesso dos Estados Unidos a minerais críticos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



