Mundo

EUA e China anunciam pausa na guerra comercial e redução de tarifas por 90 dias

Durante os próximos três meses, os produtos chineses nos Estados Unidos pagarão uma tarifa de 30% e os itens norte-americanos importados pela China pagarão uma tarifa de 10%

EUA e China anunciam pausa na guerra comercial e redução de tarifas por 90 dias
EUA e China anunciam pausa na guerra comercial e redução de tarifas por 90 dias
Trump e Xi Jinping em um encontro oficial em 2019. (Foto: Ivanov Artyom / TASS via ZUMA Press)
Apoie Siga-nos no

Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira 12 uma suspensão de 90 dias da maior parte das tarifas que haviam adotado contra a outra parte nos últimos meses. Na prática, o anúncio representa uma pausa na guerra comercial.

O anúncio das duas maiores potências econômicas do planeta aconteceu em um comunicado conjunto divulgado após dois dias de negociações em Genebra.

As duas partes concordaram em reduzir temporariamente as “tarifas recíprocas” em 115 pontos percentuais durante um período de 90 dias, explicaram o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o representante do Comércio, Jamieson Greer.

Desta forma, os produtos chineses importados nos Estados Unidos pagarão uma tarifa de 30% e os produtos americanos importados pela China uma tarifa de 10%.

As novas taxas estão distante dos 145% impostos pelos norte-americanos aos produtos chineses sob ordem de Donald Trump e aos 125% lançados pelo país asiático sobre os produtos norte-americanos.

O acordo entrará em vigor no dia 14 de maio.

Bolsas começam a subir

Poucos minutos após o anúncio, a Bolsa de Hong Kong subiu mais de 3%, enquanto o dólar operava em alta na comparação com o iene e o euro.

“Queremos uma (relação) comercial mais equilibrada”, declarou Bessent em Genebra, alegando que as barreiras alfandegárias introduzidas nos últimos meses haviam estabelecido de fato um “embargo” ao comércio entre os dois países.

A redução das tarifas é “de interesse comum do mundo”, comentou o Ministério do Comércio da China, que elogiou os “progressos substanciais” nas negociações comerciais com Washington.

A pausa é o resultado de dois dias de negociações em Genebra entre Bessent e Greer, do lado americano, e o vice-primeiro-ministro He Lifeng, do lado chinês.

Presidentes ainda não comentaram

Donald Trump e Xi Jinping, presidentes dos EUA e da China, respectivamente, ainda não comentaram publicamente o acordo comercial anunciado nesta segunda-feira.

(Com informações de AFP)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo