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EUA dizem se opor à ‘reocupação’ de Gaza por Israel

O premiê Benjamin Netanyahu garantiu que assumiria ‘a responsabilidade global da segurança’ no território

Registro de um ataque israelense a Rafah, na Faixa de Gaza, em 6 de novembro de 2023. Foto: Said Khatib/AFP
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Os Estados Unidos disseram nesta terça-feira 7 que se opõem a uma nova ocupação da Faixa de Gaza por Israel, após o premiê Benjamin Netanyahu garantir que assumiria “a responsabilidade global da segurança” no território depois da guerra contra o movimento islamista palestino Hamas.

“Na nossa opinião, os palestinos devem estar à frente destas decisões. Gaza é território palestino e continuará sendo território palestino”, disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel. “De modo geral, não apoiamos a reocupação de Gaza, e Israel também não.”

Em 2005, Israel se retirou da Faixa de Gaza, que foi tomada na Guerra dos Seis Dias de 1967 e ocupada na sequência. Posteriormente, impôs um bloqueio ao território com a vitória do Hamas nas eleições de 2006.

Patel também assinalou que os Estados Unidos estão de acordo que “não se pode voltar ao status quo de 6 de outubro”, referindo-se ao dia anterior ao violento ataque do Hamas contra Israel.

“Israel e região devem estar seguros. E Gaza não deve e não pode ser uma base para o lançamento de ataques terroristas contra o povo de Israel ou qualquer outro”, assinalou.

Em uma entrevista ao canal americano ABC News na segunda-feira, Netanyahu disse que Israel assumiria a “segurança global” em Gaza, “por um período indefinido”, ao término de suas operações.

O conflito eclodiu com intensidade depois que combatentes do Hamas se infiltraram em Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, entre os quais havia muitos jovens que frequentavam um festival de música eletrônica.

Na sequência, Israel lançou em represália uma série de bombardeios incessantes e incursões terrestres na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, 10.300 pessoas morreram, entre elas mais de 4.000 crianças.

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