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EUA concedem registro definitivo à vacina da Pfizer

Com a aprovação, os médicos podem prescrevê-la para crianças menores de 12 anos se acharem que a mesma será benéfica

Foto: Justin Tallis/AFP Foto: Justin Tallis/AFP
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O governo dos Estados Unidos concedeu nesta segunda-feira 23 o registro definitivo à vacina anticovid da Pfizer/BioNTech para pessoas com mais de 16 anos, anunciou a agência reguladora americana (FDA), uma medida que especialistas esperam que ajude a reforçar a estratégia de vacinação contra o novo coronavírus no país.

 

Um total de 52% da população está totalmente vacinada, mas autoridades americanas enfrentam os reticentes, que dificultam a campanha nacional.

Em pronunciamento na TV, o presidente Joe Biden fez um chamado “a mais empresas do setor privado para que deem um passo à frente com os requerimentos das vacinas, que chegarão a milhões de pessoas mais”.

A vacina da Pfizer, que agora poderá ser comercializada sob a marca Comirnaty, é a primeira a receber a aprovação total da FDA. Dezenas de milhões de doses já foram aplicadas nos Estados Unidos com base em uma autorização de uso de emergência, concedida em 11 de dezembro de 2020.

A decisão de conceder o registro definitivo foi baseada nos dados atualizados do teste clínico do fármaco, que incluem um tempo maior de acompanhamento, com segurança e eficácia avaliadas entre mais de 40.000 pessoas.

Vacinação obrigatória

Após o anúncio da FDA, o Departamento da Defesa dos Estados Unidos confirmou que exigirá que todas as suas tropas da ativa e da reserva se vacinem contra a Covid-19.

“Agora que a vacina da Pfizer foi aprovada, o Departamento está preparado para emitir uma diretriz atualizada que requer que todos os membros do serviço sejam vacinados”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

“Nos próximos dias, será divulgado um calendário para a finalização da vacinação. A saúde das forças é, como sempre (…), uma prioridade absoluta”, frisou.

Em uma pesquisa recente da Kaiser Family Foundation, 30% dos adultos disse que a aprovação total os deixaria mais propensos a se vacinarem.

Um total de 628.000 pessoas já morreram de Covid nos Estados Unidos, país mais afetado do mundo pela pandemia em termos absolutos. Cerca de 80 mil americanos estão internados por causa da doença e mais de 700 morrem pelo mesmo motivo diariamente.

Imediatamente após o anúncio da FDA, a cidade de Nova York anunciou que exigirá de todos os funcionários do Departamento de Educação ao menos uma dose da vacina até 27 de setembro, sem a opção de fazer testes de PCR.

A vacina segue disponível sob autorização para uso emergencial para jovens de 12 a 15 anos, mas, como foi totalmente aprovada, os médicos podem prescrevê-la para crianças menores de 12 anos se acharem que a mesma será benéfica.

A comissária interina da FDA, Janet Woodcock, no entanto, recomendou que a vacina não seja aplicada em crianças pequenas até saírem os dados dos testes clínicos, o que deve ocorrer ainda este ano. “Precisamos obter informações e dados sobre o uso em crianças pequenas, não são apenas adultos pequenos”, declarou.

Impulso na campanha

“A notícia da FDA eliminou um dos argumentos do movimento antivacinas, que alegava se tratar de uma ‘vacina experimental'”, observou Amesh Adalja, do Centro de Segurança Sanitária da Universidade Johns Hopkins. “Esperamos que, agora, as pessoas que diziam estar aguardando a aprovação total para se vacinar o façam.”

Eric Topol, diretor do Scripps Research Translational Institute, acrescentou que espera ver “mais dezenas de milhões de americanos vacinados” como resultado da aprovação.

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