Mundo
EUA atacam alvos ligados ao Irã na Síria
A gestão de Biden alega que os disparos “não constituem mudança na abordagem ao conflito Israel–Hamas”


Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos contra alvos ligados ao Irã na Síria, informou o jornal The New York Times nesta sexta-feira 27. Os ataques, com números de mortos ainda não confirmados, foram realizados no leste do país nesta madrugada.
A informação do jornal é atribuída a ‘autoridades norte-americanas’, que sustentam que o ataque faz parte de um “esforço para evitar mais ataques às forças americanas na região”. Teriam sido atingidas instalações usadas como depósitos de armas e munições da Guarda Revolucionária do Irã.
Esses ‘esforço’, insistiram as fontes ao jornal, seria uma forma de “dissuadir o Irã e os seus representantes no Líbano, na Síria e no Iraque de se envolverem numa guerra regional”. Há, neste momento, a preocupação de que o conflito entre Israel e Hamas se espalhe pelo Oriente Médio após trocas de disparos israelenses e combatentes de países vizinhos.
Os ataques dos EUA desta sexta seriam, além deste ‘esforço’, uma resposta a ataques sofridos por militares norte-americanos no Iraque nos últimos dez dias.
Em nota, o governo dos EUA disse que os ataques aéreos desta sexta na Síria foram “ataques estritamente adaptados em autodefesa”. A gestão de Biden alega que os disparos “não constituem mudança na abordagem ao conflito Israel–Hamas”. O texto é assinado pelo secretário da Defesa, Lloyd Austin.
“Os Estados Unidos não procuram conflito e não têm intenção nem desejo de se envolverem em novas hostilidades, mas estes ataques apoiados pelo Irã contra as forças dos EUA são inaceitáveis”, insiste Austin no comunicado.
Irã e EUA, até aqui, tem travado uma troca intensa de hostilidades e acusações desde o início do conflito entre Israel e Hamas. Os alertas do Irã contra Benjamin Netanyahu, constantemente, adicionam Joe Biden como co-autor da violência em Gaza, onde mais de 7 mil morreram. EUA, por sua vez, insinua que o Irã teria auxiliado o Hamas na ofensiva mais violenta contra Israel, no dia 7 de outubro, quando 1.400 foram mortos.
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