EUA aprovam libertação de cinco presos de Guantánamo

Ainda estão presos 39 suspeitos de serem cúmplices de grupos terroristas como a Al Qaeda

Protestos questionam a prática de violação de direitos humanos na prisão de Guantánamo. Foto: Nicholas Kamm/AFP

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Os Estados Unidos aprovaram a libertação de cinco pessoas detidas na prisão militar de Guantánamo, onde ainda estão presos 39 suspeitos de serem cúmplices de grupos terroristas como a Al Qaeda, segundo documentos oficiais do Pentágono divulgados nesta semana.

Os iemenitas Mouaz Hamza al-Alaoui, Souheil al-Charabi e Omar al-Rammah, o somali Guled Hassan Duran e o queniano Mohammed Abdul Malik Bajabu receberam suas permissões de soltura no final de 2021, de acordo com os registros publicados pela Comissão de Revisão de Guantánamo.

A autorização eleva para 18 o número de detentos que podem deixar a prisão se os Estados Unidos encontrarem um destino para eles, o que pode atrasar sua libertação porque Washington não repatria ex-prisioneiros para o Iêmen, país preso a uma violenta guerra civil, nem para a Somália, outra nação em crise.

Especialistas independentes que trabalham para as Nações Unidas instaram os Estados Unidos a fechar sua prisão militar em Guantánamo, um local de “incessantes violações dos direitos humanos”.

O centro de detenção, inaugurado como parte da “guerra ao terror” há apenas 20 anos, após os ataques jihadistas de 11 de setembro, ainda abriga 39 prisioneiros.

Dez deles, incluindo o suposto mentor dos ataques de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, estão à espera de um julgamento por uma comissão militar, que emitiu apenas duas condenações em duas décadas.


Dois foram condenados e outros nove aguardam sua libertação. O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que o governo dos Estados Unidos “continua comprometido com o fechamento da prisão da Baía de Guantánamo”.

 

 

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