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EUA ameaçam China com retaliação em caso de auxílio militar à Rússia

A manifestação da Casa Branca ocorre poucas horas antes de uma reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping

Xi Jinping e Joe Biden Fotos: GREG BAKER e Nicholas Kamm / AFP
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Poucas horas antes de uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, o governo americano divulgou nesta quinta-feira 17 a informação de que a China poderia sofrer retaliação por “apoiar a agressão russa” contra a Ucrânia.

“Estamos preocupados que eles estejam considerando dar apoio direto à Rússia com equipamentos militares que seriam usados na Ucrânia. O presidente Biden falará com o presidente Xi amanhã, dizendo claramente que a China será responsável por qualquer ato destinado a apoiar a agressão e não hesitaremos em impor um custo a isso”, declarou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, nesta quinta-feira. “Vemos com preocupação que a China pretenda dar assistência militar direta à Rússia.”

Este é o aviso mais claro emitido pelos Estados Unidos à China desde o início da invasão da Ucrânia e ocorre poucas horas antes de uma conversa entre os dois presidentes, marcada para sexta-feira.

Essa reunião, a quarta entre os dois líderes desde que Joe Biden assumiu a Presidência, busca “preservar canais abertos de comunicação entre os Estados Unidos e a China”, explicou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em comunicado.

Uma preocupação constante de Biden é que os Estados Unidos e a China certamente estão fadados a uma competição implacável, mas basta manter o diálogo para que esse confronto não seja gerador de caos em nível internacional.

Os dois líderes vão discutir essa “competição” entre Washington e Pequim, “assim como a guerra entre Rússia e Ucrânia e outras questões de interesse comum”, disse Psaki.

Os Estados Unidos elevaram o tom ao julgar como “profundamente preocupante” a posição de “alinhamento da China com a Rússia” diante da guerra na Ucrânia, durante uma recente reunião em Roma entre o conselheiro de segurança nacional americano, Jake Sullivan, e o número um da diplomacia do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi.

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, a China privilegiou sua relação com Moscou, mas essa “amizade ilimitada” foi testada pela guerra, já que o regime do presidente Xi Jinping parece ter sido surpreendido pela resistência ucraniana e pela força das sanções ocidentais.

“A prioridade de Biden (durante o diálogo) será exigir que a China não dê à Rússia os meios para compensar as sanções internacionais”, disse à AFP Ryan Hass, especialista do Brookings Research Institute e ex-assessor sobre China do presidente Barack Obama.

Além de uma possível assistência militar à Rússia, Washington quer impedir que a China ajude Moscou a mitigar o impacto das sanções destinadas a estrangular financeira e economicamente o regime de Vladimir Putin.

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