A Rússia aumentou sua presença na fronteira com a Ucrânia em pelo menos 7.000 militares, alguns dos quais chegaram nesta quarta-feira 16, disse à Agência AFP um alto funcionário da Casa Branca, que qualificou de “falso” o anúncio de uma retirada das tropas de Vladimir Putin.
Segundo o membro do governo de Joe Biden, Moscou pode “a qualquer momento” lançar uma operação que serviria de “pretexto falso” para invadir a Ucrânia.
“A Rússia diz querer encontrar uma solução diplomática, mas suas ações indicam o contrário”, completou o funcionário norte-americano.
O anúncio de recuo de tropas russas veio ainda na madrugada desta quarta, pelo horário de Brasília. O governo Putin comunicou o fim de manobras militares e, por consequência, a retirada de parte de seu contingente da península da Crimeia, onde a presença de soldados alimentou os temores de uma invasão.
“As unidades do distrito militar do sul finalizaram os exercícios táticos nas bases da península da Crimeia, retornando a suas bases permanentes”, afirmou o ministério russo da Defesa em uma nota.
Ainda na segunda-feira 14, antes da chegada de Bolsonaro, Putin e os ministros Sergei Lavrov (Relações Exteriores) e Sergei Shoigu (Defesa) já haviam afirmado que encerrariam em breve os exercícios militares na fronteira.
Na ocasião, conforme vídeo divulgado por agências russas, Lavrov declarou: “Enquanto ministro das Relações Exteriores, preciso dizer que sempre há uma possibilidade de resolver os problemas que precisam ser resolvidos. As oportunidades de diálogo não foram exauridas”.
Desde o início da tensão, o governo russo acusa o Ocidente, em especial os Estados Unidos, de fazer “histeria e alarmismo” sobre a suposta intenção de Putin de concretizar uma invasão à Ucrânia.
(Com informações da AFP)
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