Educação
Estudantes manifestam-se no Chile por melhorias no sistema de ensino
Durante a marcha, que ocorreu em grande parte de forma pacífica, um grupo de encapuzados atearam fogo em um ônibus
Mil estudantes do ensino fundamental participaram nesta sexta-feira de uma passeata na capital chilena para exigir melhorias no sistema de ensino. Durante a manifestação, manifestantes encapuzados incendiaram um ônibus.
Os estudantes se reuniram na Avenida Alameda, principal artéria de Santiago, vestidos com seus uniformes escolares e mochilas, e manifestaram queixas contra o ensino público, alvo de críticas nas últimas décadas no Chile. Os estudantes reclamam da má alimentação e da infraestrutura ruim das escolas públicas.
O governo do presidente Gabriel Boric, ex-líder estudantil, que prometeu melhorias nas instituições públicas de ensino, recebeu os estudantes para ouvir suas demandas.
Episódio de violência
Foto: Martin BERNETTI/AFP
Durante a marcha, que ocorreu em grande parte de forma pacífica, houve um episódio de violência, quando um grupo de encapuzados se afastou para parar um ônibus, removeu à força o motorista e os passageiros, quebrou janelas do veículo e ateou fogo ao mesmo. A polícia controlou o fogo e forças especiais reprimiram alguns estudantes.
Esse foi o terceiro ônibus incendiado durante um protesto estudantil nesta semana. Os alunos protagonizaram uma dezena de manifestações exigindo melhorias no sistema de ensino desde que Boric, 36, assumiu o cargo, em 11 de março.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



