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Estado Islâmico reivindica atentado suicida em comício no Paquistão

Quinze pessoas morreram e outras 38 ficaram feridas, em sua maioria integrantes do Partido Nacional do Baluchistão

Estado Islâmico reivindica atentado suicida em comício no Paquistão
Estado Islâmico reivindica atentado suicida em comício no Paquistão
Veículo danificado após explosão em um ataque suicida no Paquistão, em 2 de setembro de 2025. Foto: Banaras Khan/AFP
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O grupo Estado Islâmico reivindicou, nesta quarta-feira 3, um atentado suicida que, na véspera, deixou 15 mortos durante o comício de um partido balúchi no sudoeste do Paquistão.

A conturbada província do Baluchistão, na fronteira com Irã e Afeganistão, é regularmente palco de violência, sobretudo por parte de jihadistas, muitas vezes do ramo regional do EI — de Khorasan ou da província do Paquistão — ou de separatistas balúchis que afirmam lutar para acabar com a discriminação em suas terras, ricas em minerais e hidrocarbonetos e alvo de invasores estrangeiros e autoridades federais.

Embora os jihadistas do EI considerem todo os partidos políticos e instituições estatais como heréticos, raramente atacam militantes balúchis.

Na noite de terça-feira, um homem-bomba — de quem o EI publicou uma foto com o rosto coberto por um lenço — detonou uma carga explosiva no estacionamento de um estádio em Quetta, capital do Baluchistão, quando centenas de participantes do comício do Partido Nacional do Baluchistão (BNP) se dispersavam.

O homem, que as autoridades estimam ter cerca de 30 anos, ativou o detonador de sua carga explosiva “de oito quilos”, explicou nesta quarta-feira o ministro do Interior do Baluchistão, Hamza Shafqat.

Quinze pessoas morreram e outras 38 ficaram feridas. A maioria delas era de integrantes do BNP.

Em uma publicação no X, seu líder, Akhtar Mengal, que deixava o comício após proferir um discurso no momento do atentado, declarou estar “são e salvo, mas devastado com a perda de apoiadores”.

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