Mundo
Estado islâmico reivindica ataques contra talibãs no Afeganistão
Foram os primeiros ataques letais desde a retirada das últimas tropas americanas do Afeganistão, em 30 de agosto


O grupo Estado Islâmico no Afeganistão (EI-K) reivindicou a autoria de ataques realizados neste sábado e domingo contra os talibãs na cidade de Jalalabad, segundo seu órgão de propaganda Amaq.
Em dois comunicados, o EI afirma ter sido o autor de “três atentados a bomba separados contra três veículos dos talibãs” ocorridos ontem em Jalalabad, e de outro “ataque a bomba” realizado neste domingo contra “um veículo dos talibãs” naquela mesma grande cidade do leste afegão. Foram os primeiros ataques letais desde a retirada das últimas tropas americanas do Afeganistão, em 30 de agosto, após 20 anos de presença militar.
As três explosões de sábado mataram duas pessoas e feriram outras 20, segundo um funcionário do alto escalão talibã, que não quis ser identificado. Já um funcionário do departamento de saúde de Nangarhar, cuja capital é Jalalabad, relatou três mortes. Pelo menos um dos ataques teve como alvo um veículo policial dos talibãs.
Neste domingo, um veículo que transportava combatentes talibãs foi atacado, segundo a imprensa local. Testemunhas citadas informaram que vários talibãs foram levados para o hospital após a explosão, que, segundo um jornalista, ocorreu perto de um entroncamento em direção à capital, Cabul.
Os ataques mostram a situação precária da segurança no Afeganistão, onde o novo regime prometeu restaurar a paz e estabilidade, após mais de quatro décadas de guerra.
Jalalabad é o principal foco do grupo Estado Islâmico no Afeganistão (IS-K), rival dos talibãs, que assumiu a responsabilidade pelo ataque que matou mais de 100 pessoas no aeroporto de Cabul em 26 de agosto.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.