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Espanhol que enviou cartas-bomba a Pedro Sánchez e embaixadas é condenado a 18 anos de prisão

Pompeyo González Pascual foi considerado culpado de terrorismo e de fabricação de dispositivos explosivos

Espanhol que enviou cartas-bomba a Pedro Sánchez e embaixadas é condenado a 18 anos de prisão
Espanhol que enviou cartas-bomba a Pedro Sánchez e embaixadas é condenado a 18 anos de prisão
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez. Foto: Governo da Espanha
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Um tribunal espanhol condenou, nesta terça-feira (23), o aposentado de 76 anos que enviou cartas-bomba, em 2022, às embaixadas da Ucrânia e dos Estados Unidos em Madri e ao presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, entre outros, a 18 anos de prisão.

Pompeyo González Pascual, um aposentado do norte de Espanha que se opôs ao apoio anunciado por Espanha e pelos Estados Unidos à Ucrânia após a invasão russa, foi considerado culpado de terrorismo e de fabricação de dispositivos explosivos para os seis envelopes que enviou no final de 2022, disse o Tribunal Nacional.

“Na sua decisão, os juízes condenaram Pompeyo González a dez anos de prisão pelo crime de terrorismo e a oito anos pelo crime de fabricação, posse, colocação e utilização de dispositivos explosivos, inflamáveis ou incendiários para fins terroristas”, explicou, em um comunicado, o Tribunal Nacional, órgão que trata dos casos criminais mais graves.

Todos os dispositivos foram desativados ou detonados de forma controlada pelos serviços de segurança, exceto aquele destinado à embaixada ucraniana, que foi aberto por um funcionário que ficou ferido no braço quando o dispositivo explodiu.

Além das duas embaixadas acima mencionadas e de Sánchez, González Pascual também enviou cartas explosivas à ministra da Defesa, Margarita Robles, e aos diretores do Centro de Satélites da UE em Torrejón de Ardoz e da empresa de armas Instalaza em Saragoça.

Os juízes consideraram que o acusado agiu com “o propósito de causar uma grande comoção na sociedade espanhola que exerceria pressão sobre os governos de Espanha e dos Estados Unidos da América e outras entidades sediadas em território espanhol para que deixassem de prestar apoio à Ucrânia na guerra”.

Um especialista que examinou os dispositivos informáticos do réu disse no julgamento que encontraram “consultas em sites para preparar dispositivos, artefatos explosivos” e “canais de propaganda da mídia relacionados ao conflito Rússia-Ucrânia”.

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